David Sussman elencou três argumentos que sustentam a teoria de que banir os sacos de plástico não é assim tão benéfico para o ambiente.
Em meados de 2018, mais de 127 países limitaram o uso de sacos de plástico. Jacarta, capital da Indonésia, é o segundo maior poluidor de resíduos plásticos nos oceanos, e o Japão, que ocupa o segundo lugar em volume de embalagens plásticas de uso único por pessoa, foi o último a aderir.
No dia 1 de julho, ambos proibiram os sacos de plástico gratuitos nos supermercados.
As políticas recentes em Jacarta (proibição total) e no Japão (sobretaxa) são medidas importantes que deveriam diminuir o número de sacos plásticos que acabam em aterros, esgotos ou oceanos. Mas, apesar das boas intenções destas regras, a proibição “é problemática por alguns motivos”.
David Sussman, da Universidade Tufts, escreveu um artigo no The Conversation no qual justifica esta afirmação com três argumentos.
No primeiro, o professor realça que os sacos não são a maior fonte de poluição plástica. Pesquisas recentes demonstraram que os sacos representam apenas uma fração dos detritos marinhos nas águas da Grande Jacarta e que as embalagens e sacos de plástico constituem pouco mais de 13,5% de todos os objetos encontrados. No Japão, os sacos representam apenas cerca de 2% de todo o lixo plástico produzido no país.
Em segundo lugar, Sussman adverte que os consumidores podem trocar os sacos de plástico por alternativas ainda mais prejudiciais para o ambiente. Os sacos de papel, por exemplo, podem exigir 400% mais energia para serem produzidos, sem falar no abate de árvores e no uso de produtos químicos nocivos na sua produção.
O professor sublinha ainda que os sacos biodegradáveis podem ser “a pior opção” em termos de impacto no clima, danos no solo, poluição da água e emissões tóxicas.
Por último, David Sussman escreve que os consumidores, que se sentem bem por não usar sacos de plástico, podem causar mais danos de outras formas: “As pessoas podem sentir que, uma vez que reciclam, não precisam de considerar a carne extra que comeram na semana passada. Ou se caminharam a pé até a loja, em vez de usarem o carro, podem ‘merecer’ comprar uma peça extra de roupa.”
Cientistas na área da psicologia já observaram que as pessoas prejudicam o ambiente quando tentam salvar o planeta, ao comprar mais produtos.
Sussman termina o artigo afirmando que a maior vantagem destas restrições e proibições reside na mudança das perspetivas ambientais.
Os sacos de plástico não serão o pior problema, o que é grave é a falta de civismo das pessoas em atirar tudo fora e daí resulta numa lixeira completa, mas quanto a educação isto anda tudo pela hora da morte por uma grande parte do mundo.
Na minha opinião, o problema dos plásticos à solta na natureza é devido à falta de higiene principalmente dos serviços estatais, que é a quem compete tratar dos lixos.
Mas os governantes optaram, com a anuência do povo, por taxar o uso de plásticos arrecadando assim uma verba fabulosa e não atingindo, minimamente, o fim a que se propuseram, o de acabar com o lixo plástico na natureza.
É assim o mundo em que vivemos, mais uma taxinha dá sempre jeito e o povo é tolo porque, além de aceitar, ainda incentiva estas práticas porque vão prejudicar o seu semelhante, não vendo o logro em que estão a caír.
É que o saco de papel, para certas utilizações, usa plástico para ser impermeabilizado, não se acabando assim a emissão de micro-plásticos, ainda se agrava.
A frase da qual esperava uma justificação e não obtive: “O professor sublinha ainda que os sacos biodegradáveis podem ser “a pior opção” em termos de impacto no clima, danos no solo, poluição da água e emissões tóxicas”. Além disso, um aspeto importante relacionado com os sacos de plástico, é a quantidade de animais que matam, coisa que os de papel não fazem. Acontece que os piores são os finos e transparentes que continuam a ser oferecidos nos supermercados. Outra coisa que o professor não refere é que a taxação dos sacos de compras de plástico levou a um aumento da utilização de sacos reutilizáveis. Este tipo de estudos (ou apenas uns raciocínios incompletos de um sujeito que consegue publicá-los, não se sabe com que apoios) acaba por ter um efeito perverso.
Assunto: Sacos de plástico. Enredo: sacos de plástico. Piada: fotografia de um aglomerado de garrafas PET devidamente espalmadas!