Para atrair turistas e minimizar o impacto da covid-19, Barbados permitirá que trabalhadores remotos de todo o mundo possam desempenhar as suas funções a partir da ilha durante um ano, numa nova iniciativa ao abrigo do Governo.
O projeto, batizado de “Selo de Boas Vindas a Barbados” foi esta semana apresentado pela primeira ministra, Mia Mottley, que explicou que a iniciativa permitirá que os trabalhadores remotos estrangeiros vivam na ilha durante um ano enquanto trabalham.
“Não precisam de trabalhar na Europa, nos Estados Unidos ou na America Latina se puderem vir cá e trabalhar alguns meses de vez em quando, indo e voltando”, disse a íder do Executivo de Barbados em comunicado citado pelo jornal britânico The Independent.
“O Governo está comprometido em trabalhar na promoção de novos conceitos, como é o caso do ‘Selo de Boas Vindas a Barbados’, sendo capaz de abrir as nossas fronteiras para pessoas que viajam e tornar a ilha mais hospitaleira do que nunca para todos”.
A governante reconhece a dificuldade de se promover viagens de curto prazo por causa da pandemia de covid-19 e das quarentenas que, em muitos países, são obrigatórias após viagens ao exterior. Contudo, frisou, uma estadia a longo prazo pode ajudar a impulsionar a economia da ilha, que vive muito do setor do turismo – a atividade representa 40% do Produto Interno Bruto (PIB) de Barbados
Por tudo isto, Mottley propôs estadias de um ano, uma vez que Barbados está a preparar-se para abrir portas aos visitantes internacionais a 12 de julho.
Países reinventam turismo
Após a pandemia e face às quedas drásticas nas atividades do turismo, foram vários os países que anunciaram já uma série de “pacotes” e iniciativas para atrair visitantes.
Este é também o caso do México: há hotéis em Cancun que pretendem oferecer promoções em hotéis e resorts para atrair turistas e alimentar o setor.
De acordo com o jornal britânico The Sun, que cita a Associação Hoteleira de Cancun, o país prepara um pacote turístico que oferece duas noite de estadia por cada duas outras noites pagas pelo viajante – trata-se do pack “Venha a Cancun 2X1”.
Descontos nos voos para o México estão também a ser estudados, relatam os média locais.
Japão e a região italiana da Sicília são outros dos territórios que já começaram a desenhar o plano de retomar no setor. A Sicília vai pagar parcialmente voos e estadias em hotéis aos turistas que decidam visitar a ilha italiana ainda este ano, no período após o pico da pandemia do novo coronavírus oriundo da China.
A ilha italiana vai pagar metade do custo do bilhete de avião e um terço da estadia – uma noite em cada três – em hotéis da região, conta o The Times of London. Já o Japão está a ponderar pagar a quem quiser visitar o país, numa medida que poderá custar aos cofres japoneses 12,5 mil milhões de dólares.
Na Bulgária, o Governo vai abrir algumas praias gratuitamente, incluindo o uso gratuito de espreguiçadeiras e guarda-sóis, mas não estão a ser ponderadas financiamentos diretos de férias aos turistas, observa ainda o New York Post.