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Libertados os dois portugueses que ainda estavam sequestrados em Moçambique

Hansueli Krapf / Wikimedia

Maputo, Moçambique ( foto: Hansueli Krapf / wikimedia)

Maputo, Moçambique ( foto: Hansueli Krapf / wikimedia)

Os dois portugueses que ainda estavam sequestrados em Moçambique foram libertados esta noite, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário.

Questionado sobre as circunstâncias da libertação, José Cesário escusou-se a avançar mais pormenores, afirmando apenas que se trata de um homem e de uma mulher.

O homem havia sido sequestrado há duas semanas e a mulher, uma gestora financeira de 40 anos, na passada terça-feira.

Contactado pela Lusa, o cônsul de Portugal em Maputo, Gonçalo Teles Gomes, disse que os dois portugueses foram libertados durante a noite pelos raptores e que “estão bem”.

Segundo o cônsul, os dois portugueses estão a receber apoio psicológico e não querem ser identificados nem que sejam divulgados os nomes das empresas onde trabalham.

Um adolescente português foi libertado do cativeiro pelos seus raptores na noite de quinta-feira.

Com estas libertações, já não há cidadãos portugueses sequestrados em Moçambique.

Segundo as informações disponíveis, poderão estar ainda em cativeiro quatro ou cinco pessoas, todos moçambicanos.

Uma onda de sequestros regista-se em Moçambique desde há dois anos, tendo começado por afectar apenas a comunidade islâmica.

Na sexta-feira, o embaixador português em Maputo, José Augusto Duarte, disse à Lusa que Moçambique e Portugal vão analisar a cooperação contra a vaga de sequestros que assola o país, após o governo de Lisboa ter mostrado disponibilidade para esse apoio e depois de se ter reunido com governantes moçambicanos.

“Tive encontros com autoridades moçambicanas ao nível governamental, que manifestaram o seu apreço pela solidariedade das autoridades portuguesas face à situação que se vive em Maputo. Registaram com o maior agrado a oferta dessa cooperação e vamos ver, de forma, reservada como é que ela pode ser feita”, disse.

O diplomata considerou que a actual vaga de sequestros não é dirigida contra a comunidade portuguesa, a qual, disse, está tão preocupada com a situação como os demais residentes em Maputo.

A comunidade portuguesa “está com o estado de alma com que estão os habitantes de Maputo, não se diferencia particularmente. A comunidade portuguesa não fica imune a essa situação, vive-a como a vivem os moçambicanos ou qualquer outra nacionalidade que aqui esteja”, disse José Augusto Duarte.

/Lusa

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