MP cita Leis da Física para pedir condenação do amante de Rosa Grilo (e o julgamento pode ser repetido)

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António Pedro Santos / Lusa

  Rosa Grilo (D), mulher e suspeita no envolvimento na morte do triatleta Luís Grilo, à chegada ao Tribunal de Vila Franca de Xira

A procuradora do Ministério Público (MP) do Tribunal da Relação de Lisboa não desistiu de imputar responsabilidades a António Joaquim, o amante de Rosa Grilo, pela morte do marido desta, o triatleta Luís Grilo. E cita as Leis da Física para justificar porque é que ele também deve ir para a prisão.

“À luz das regras do senso comum e da experiência, a ocultação do corpo e o seu transporte para o local onde foi encontrado mostram o envolvimento de mais de uma pessoa”, considera a procuradora conforme cita o Correio da Manhã (CM).

Não são credíveis as explicações dadas pelo amante, António Joaquim, que garantiu nada saber sobre a morte do triatleta”, refere ainda a Procuradora que evidencia “a falta de respostas, quando o assunto foi o motivo de terem desligado os telefones, à hora em que o crime terá sido cometido”.

A magistrada reporta-se mesmo para “as leis da física” e “cita Newton” para considerar que “o corpo de um homem adulto, musculado e atleta não pode ser transportado apenas por uma pessoa” e “muito menos de um primeiro andar até à cave, por umas escadas estreitas e de difícil acesso, sem que exista no mesmo cadáver qualquer lesão provocada pelo embate nas mesmas escadas”.

Estes argumentos levam a procuradora a lamentar que o tribunal “sobrevalorizou as dúvidas”.

António Joaquim foi absolvido da morte de Luís Grilo, enquanto Rosa Grilo foi condenada a 25 anos de prisão pelo homicídio.

Mas o MP ainda acredita que António Joaquim pode ser considerado culpado. E estes argumentos críticos da absolvição até podem levar a uma “repetição do julgamento”, como constata o CM.

António Joaquim está em liberdade desde Dezembro do ano passado, tendo sido condenado a dois anos de pena suspensa por posse de arma proibida.

ZAP //

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5 Comments

  1. É preciso uma mulher na Justiça para lembrar aos gajos, que a Grilo nunca poderia levar o falecido às costas até ao terreno onde foi encontrado.
    É preciso que abram os olhos aos ”sábios” da Justiça, porque não há um só português que acredite na história inventada.

    • Segundo as leis da física, uma pessoa sozinha pode perfeitamente transportar um cadáver!!
      Basta pensar, por exemplo, numa alavanca…
      Na Justiça não basta acreditar – convém provar…

      • Convém… mas não é necessário. Basta que seja possível que perante dados factos um cidadão comum possa ser levado a concluir pela culpa de A, B ou C… e está feito. Já vi muitos a serem condenados deste modo. E o recurso frisa sempre o mesmo: um cidadão comum poderá ser levado a concluir…
        Quanto a provas nada. Por isso, nem sempre são necessárias provas. Basta que perante certos factos exista a possibilidade de um “cidadão comum” poder ser levado a concluir de determinada forma. Isto, dá para tudo. E já vi muitos a serem condenados desta forma. Os tribunais podem ser locais perigosos para se frequentar.

  2. É fato que as leis da física não foram aplicadas para provar nada (embora possam ter sido citadas). A exemplo, não há uma lei física que diga: uma mulher não consegue transportar um corpo sem deixar hematomas do transporte.
    Isso pode ser consenso atualmente, mas certamente não é lei física.

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