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“Invencível.” Cientistas criam material flexível luminoso que se auto-regenera

Uma tela flexível que se auto-regenera ou um robô emissor de luz que localiza pessoas em ambientes escuros são ideias que, agora, estão mais perto de se tornarem realidade.

Uma equipa de investigadores da Universidade Nacional de Singapura desenvolveu um display eletrónico flexível que se auto-regenera quando danificado. O objetivo é aplicar este material em dispositivos emissores de luz, uma vez que é também capaz de emitir brilho.

O HELIOS (Healable, Low-field Illuminating Optoelectronic Stretchable) é como uma folha de borracha transparente feita de uma “mistura única” de fluoroelastómero e surfactante.

Os fluoroelastómeros são borrachas sintéticas à base de fluorocarbonetos, enquanto que os surfactantes são substâncias que diminuem a tensão superficial entre dois líquidos. Graças ao seu alto poder de limpeza, os surfactantes são muito utilizados em produtos como detergentes.

Com a junção destes dois elementos, o HELIOS possui uma alta permissividade elétrica – ou seja, uma alta capacidade de resistir ao campo elétrico de uma carga induzida, o que lhe permite armazenar mais cargas eletrónicas em tensões mais baixas do que outras tecnologias flexíveis já existentes.

O resultado desta resistência é uma luz 20 vezes mais brilhante do que a dos concorrentes, podendo até funcionar sem alimentação por fio.

Além disso, as moléculas presentes no HELIOS são reversíveis, o que possibilita que o display se auto-regenere depois de ser perfurado, sem a necessidade de uma temperatura pré-determinada ou ambiente adequado.

“Os seres humanos estão cada vez mais dependentes de máquinas e robôs e, por isso, há um enorme valor no uso do HELIOS para criar dispositivos ou telas emissores de luz ‘invencíveis’ que, além de duráveis, são também eficientes em termos de energia”, explicou Benjamin Tee, principal autor da investigação, publicada recentemente na Nature Materials.

A tecnologia “pode gerar economia de custos a longo prazo para fabricantes e consumidores, reduzir desperdício eletrónico e o consumo de energia e, por sua vez, permitir que tecnologias avançadas se tornem ambientalmente amigáveis”, acrescentou, citado pelo New Atlas.

Os cientistas querem aplicar a tecnologia em telas flexíveis e em robôs que trabalham em ambientes escuros.

ZAP //

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