Depois de anos a tentar desenvolver dispositivos que permitissem aos diabéticos uma verificação rápida, fácil e não invasiva dos níveis de glicemia, grandes empresas do atual panorama da tecnologia móvel estão a registar significativos progressos, apostando na integração em wearables de aplicações de monitorização da taxa de açúcar no sangue.
As norte-americanas Apple e Google e a sul-coreana Samsung estão a procurar aplicações que transformem a emergente tecnologia wearable – “vestível” -, vista ainda como mera obra de arte tecnológica, em dispositivos de grande importância e utilidade na área da Saúde.
De acordo com fontes próximas do assunto, as empresas estão de olhos cravados em apps de monitorização dos níveis de glicose no sangue, e cada uma das três gigantes está a contratar cientistas e engenheiros médicos para delinear estratégias para um futuro novo mercado de atuação.
Naturalmente, a primeira vaga desta tecnologia padecerá de algumas limitações, mas, passo a passo, as empresas passarão a competir afincadamente por um setor global de tecnologia de medição de glicemia, que até 2017, segundo a GlobalData, atingirá um valor superior a 12 mil milhões de dólares.
Tendo em conta que 29 milhões de americanos são afligidos por esta condição médica, podemos concluir que a aposta em dispositivos que, de forma não invasiva e rápida, meçam os valores de glicemia tornar-se-á uma mais-valia para as tecnológicas.
Estes aparelhos poderão recorrer aos mais variados métodos para efetuarem a mediação, entre eles a ultra-sonografia e a espectroscopia.
No entanto, como medidores de glicemia, estes aparelhos inserem-se na esfera médica, pelo que estão sujeitos a uma multiplicidade de normas mais severas do que os dispositivos que somente integrem aplicações direcionadas para o fitness e a nutrição, o que poderá ser causa de grandes atrasos no desenvolvimento e consequente comercialização da tecnologia.