PSP já identificou manifestante do cartaz contra a polícia na manifestação do Porto

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Manuel de Almeida / Lusa

Manifestação antirracista e antifascista – “Black Lives Matter” em Lisboa.

A PSP revelou, esta segunda-feira, que já identificou o portador de um cartaz de incentivo à violência contra a polícia que estava presente na manifestação contra o racismo no Porto e apresentou queixa ao Ministério Público.

Em comunicado, a Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública refere que algumas pessoas que participaram na manifestação deste sábado, na avenida dos Aliados, no Porto, exibiram cartazes com inscrições de incentivo à violência contra polícias, sendo “passíveis de se constituírem como ilícitos criminais”.

A PSP frisa que, durante a manifestação, não procedeu à identificação e detenção dos suspeitos da prática desse ato por considerar “que essa intervenção poderia ser incorretamente interpretada e, consequentemente, potenciadora da ocorrência de indesejáveis desordens num evento que se pretendia pacífico”.

A PSP avança que, após a visualização das imagens que circularam nas redes sociais e de outras diligências desenvolvidas por esta polícia, foi possível identificar um dos suspeitos e é expectável que outras identificações sejam entretanto apuradas.

Esta força de segurança indica que os factos foram já comunicados ao Ministério Público da Comarca do Porto. “A PSP exercerá o direito de queixa relativamente aos ilícitos criminais que dela necessitem”, precisa.

No comunicado, a PSP salienta que “repudia qualquer tipo de extremismo e discriminação, independentemente de terem por base questões rácicas, políticas, profissão religiosa, nacionalidade, de orientação sexual, desempenho profissional ou outras”.

A polícia refere ainda que “repudia qualquer apelo à violência ou uso de violência, independentemente dos seus autores, por não serem admissíveis num Estado de direito”.

Também a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) já anunciou que ia apresentar uma queixa no Ministério Público contra manifestantes que exibiram mensagens que “promovem ou incentivam ao ódio” contra a polícia.

Segundo a ASPP/PSP, a queixa, por crime de “incitação ao ódio”, será apresentada no Ministério Público contra “todos aqueles que exibiram através de cartazes ou de qualquer outra forma, durante as manifestações, mensagens que promovem ou incentivam ao ódio contra os profissionais da polícia”.

Em comunicado, a ASPP/PSP dá o exemplo de uma mensagem escrita num cartaz exibido numa manifestação a mencionar que “polícia bom é polícia morto”.

Milhares de pessoas saíram, no sábado, às ruas de Lisboa, Porto e Coimbra contra o racismo e a violência policial, replicando protestos realizados noutros países na sequência da morte do afro-americano George Floyd, em maio, asfixiado por um polícia nos Estados Unidos.

// Lusa

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1 Comment

  1. É lamentável esta duplicidade de critérios. Se fosse um cartaz a dizer o mesmo sobre uma minoria era um escândalo. É prática comum nestas manifestações extremistas e racistas atacarem outros grupos como os brancos ou polícias, mas aí está tudo bem. Os grupos”oprimidos” gozam de um estatuto especial de protecção. Não se pode critica-los e tem que se dar todos os facilitismos e abébias em prol do anti-racismo e do politicamente correcto. Nos EUA estes grupos e “manifestações” roçam o terrorismo, mas essas imagens e notícias não vemos com facilidade. E assim, com a ajuda dos media, enganam muito boa gente.

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