Sindicato da PSP apresenta queixa por mensagens de ódio nos protestos contra o racismo

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Fernando Veludo / Lusa

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) vai apresentar, esta segunda-feira, uma queixa no Ministério Público contra manifestantes que exibiram mensagens que “promovem ou incentivam ao ódio” contra a polícia.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Rodrigues, disse que a queixa será formalizada esta segunda-feira, desconhecendo em que manifestações foram exibidas as mensagens e se estas resultam de atos isolados de manifestantes ou concertados de grupos.

Milhares de pessoas saíram, no sábado, às ruas de Lisboa, Porto e Coimbra contra o racismo e a violência policial, replicando protestos realizados noutros países na sequência da morte do afro-americano George Floyd, em maio, asfixiado por um polícia nos Estados Unidos.

Em comunicado, a ASPP/PSP dá o exemplo de uma mensagem escrita num cartaz exibido numa manifestação a mencionar que “polícia bom é polícia morto”.

“Esta mensagem, desenquadrada do motivo da manifestação, reflete bem a intenção de quem a exibia”, refere o sindicato, assinalando que “não são este tipo de mensagens que contribuem para a construção de uma sociedade mais justa, mais livre e mais igual”.

O comunicado da ASPP/PSP sublinha que a queixa, por crime de “incitação ao ódio”, será apresentada no Ministério Público contra “todos aqueles que exibiram através de cartazes ou de qualquer outra forma, durante as manifestações, mensagens que promovem ou incentivam ao ódio contra os profissionais da polícia”.

Em declarações à rádio TSF, Paulo Rodrigues disse esperar que “as autoridades competentes façam o seu trabalho de identificar estas pessoas que, no fundo, andam a apelar ao incitamento contra os polícias”.

“Achámos que não podíamos deixar passar isto em claro“, afirmou o responsável, acrescentando que estas são “mensagens que acabam por ter uma influência muito grande sobre outros indivíduos”. “Não podemos pura e simplesmente ignorar”, rematou.

ZAP // Lusa

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