Jacinda Ardern sugeriu às empresas da Nova Zelândia que ponderem optar por uma semana de quatro dias de trabalho para que os funcionários possam ter mais flexibilidade para sair e passear. O objetivo é reavivar o turismo.
A proposta de quatro dias de trabalho e três dias de folga foi colocada em cima da mesa por Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, num vídeo no Facebook. O objetivo é estimular o turismo, uma das indústrias mais afetadas pela pandemia de covid-19, numa altura em que as fronteiras do país continuam fechadas.
“Seria uma forma de aproveitar o facto de 60% da indústria do turismo na Nova Zelândia ser garantida pelo turismo doméstico“, argumentou a governante, apesar de muitos trabalhadores se queixarem de falta de flexibilidade para viajar.
“Ouço muitas pessoas a dizer que deveríamos ter uma semana de quatro dias de trabalho. Essa é uma decisão entre empresas e trabalhadores”, disse Arden, na terça-feira, através de um vídeo no Facebook.
“Há muitas coisas que aprendemos com a covid-19, incluindo a flexibilidade de as pessoas trabalharem a partir de casa e a produtividade que daí advém”, disse, citada pelo Público.
A primeira-ministra aconselhou “os empregadores a pensarem nisso, se estiverem numa posição em que seja possível fazê-lo, porque, de certeza, iria ajudar o turismo em todo o país”.
Mais tarde, numa conferência de imprensa, a governante afirmou que vivemos “tempos extraordinários e devemos estar abertos a ideias extraordinárias“.
A Nova Zelândia tem quase cinco milhões de habitantes e regista um total de 1.503 casos de infeção e 21 mortes. Segundo Jacinda Ardern, estes números baixos, quando comparados a outros países, só são possíveis graças à imposição de uma quarentena de cinco semanas que permitiu rasgar as cadeias de transmissão.