O presidente da Liga de Clubes, Pedro Proença, sugeriu que o regresso do campeonato português fosse transmitido em sinal aberto. Os clubes e operadoras rejeitaram essa hipótese.
Quatro dias antes do primeiro-ministro, António Costa, anunciar o regresso do principal escalão do futebol português, Pedro Proença enviou uma carta ao ministro da Economia, Pedro Siza Vieira. Em nome dos 36 clubes profissionais, o presidente da Liga de Clubes pedia que fosse considerado a retoma do futebol numa das primeiras fases do desconfinamento.
O jornal A BOLA escreve que Pedro Proença sugeriu ao Governo a possibilidade de o futebol regressar e, por ação estatal, os operadores colaborarem para a transmissão dos jogos, ou parte deles, em sinal aberto.
No entanto, as intenções do ex-árbitro terão caído mal entre os operadores que têm contratos assinados com os clubes da Liga, a NOS e a Altice, e com os clubes que dependem do dinheiro das transmissões televisivas. A NOS, principal patrocinadora da Liga, também suspendeu o pagamento à própria Liga de Clubes nos últimos dois meses, tal como fez junto dos clubes.
Uma semana depois, Proença escreveu uma nova carta, desta vez a Marcelo Rebelo de Sousa. O presidente da Liga de Clubes propôs que o regresso do campeonato português fosse oferecido aos portugueses em sinal aberto através da RTP.
Pedro Proença também contactou o Conselho de Administração da Sport TV, numa carta na qual considera que o mau estar e inquietações das operadoras são infundadas. Todavia, o jornal A BOLA realça que em nenhuma parte desta carta é referido que Proença sugeriu a transmissão dos jogos em sinal aberto.
“A intenção da Liga sempre passou por proteger o futebol, até como fenómeno socialmente importante nesta fase de pandemia, e nunca colocou a possibilidade de as operadoras não serem compensadas pelos jogos que fossem transmitidos em sinal aberto”, disse a diretora da Liga, Sónia Carneiro.
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