O rapaz era uma das figuras-chave de um grupo internacional neonazi, tendo sido apanhado pelas autoridades da Estónia, o seu país natal, no início do ano.
De acordo com a revista Time, o rapaz, de 13 anos, conhecido online pelo apelido “Comandante”, era figura-chave do Feuerkrieg Division, um grupo internacional neonazi ligado a conspirações para atacar uma sinagoga de Las Vegas e detonar um carro-bomba numa conhecida rede de notícias norte-americana.
O jovem cortou a sua ligação com o grupo depois de as autoridades da Estónia o terem confrontado no início deste ano.
“Como se trata de uma criança com menos de 14 anos, não pode ser processada judicialmente. Em vez disso, devem ser usados outros métodos legais para eliminar o risco. A cooperação entre várias autoridades, e sobretudo com os pais, é importante para afastar uma criança do extremismo violento”, explicou Harrys Puusepp, porta-voz do Serviço de Segurança Interna da Estónia, à agência Associated Press, em meados de abril.
A Liga Anti-Difamação (ADL), organização não governamental judaica com sede nos EUA, descreveu o Feuerkrieg Division como um grupo que defende uma guerra racial e que promove algumas das visões mais extremistas do movimento supremacista branco.
Formado em 2018, o grupo tinha cerca de 30 membros, que realizavam a maior parte das suas atividades pela Internet, acrescentou a ADL, citada pela mesma revista.
“Estas crianças estão a ter aquele sentimento de pertencer a um movimento de ódio e isto é mais comum do que a maioria das pessoas imagina. É muito perturbador. Mas a verdade é que chegar a um mundo de ódio online, hoje em dia, é tão fácil como ver desenhos animados aos sábados de manhã na televisão”, lamentou Oren Segal, vice-presidente do Centro de Extremismo da ADL.