A deputada não inscrita considera “chocante” a decisão da conferência de líderes que impossibilita a sua intervenção na sessão solene do 25 de abril e, em comunicado, deixa duras críticas à esquerda parlamentar.
“Escrevo este comunicado porque considero chocante a decisão de silenciarem uma deputada não inscrita perante uma proposta do PAR [Presidente da Assembleia da República] para a sua inclusão nas celebrações”, alega Joacine Katar Moreira.
Na semana passada, a conferência de líderes parlamentares decidiu que a deputada não inscrita (que não tem assento nesta reunião), não poderá intervir na sessão solene do próximo 25 de abril.
No seguimento desta decisão, a deputada submeteu um requerimento urgente ao presidente da Assembleia da República pedindo uma votação na conferência de líderes “de modo a saber a posição dos outros partidos”, escreveu a deputada.
Segundo a deputada, a Iniciativa Liberal, na voz de João Cotrim de Figueiredo, e o Chega, de André Ventura, votaram a favor da intervenção, sendo que todos os outros partidos votaram contra.
Joacine Katar Moreira nota que a sessão solene não está regimentada, sendo todos os anos formalizada pela conferência de líderes e considera injusta a comparação com outros deputados não inscritos, alegando que “todos eles pertenciam a grupos parlamentares com vários deputados que continuaram a ter representação política e a ter voz em todos os momentos”.
“Quero dizer à esquerda que a justificação de que é preciso respeitar o regimento — que é omisso sobre quem tem direito à palavra nas celebrações — é sofrível e é de uma grande ironia quando se trata da celebração da revolução dos cravos”, frisa a deputada.
Joacine dirige-se “especialmente ao PCP”, considerando que faltou “consciência histórica” ao partido quando decidiu “reiteradamente” silenciar e excluir a deputada das intervenções.
“O PCP, a quem reconheço a luta antifascista e o apoio a independentistas africanos, mas sempre com grande dificuldade em abraçar oficialmente a luta anti-racista e o seu simbolismo para os dias de hoje”, acrescenta.
As críticas alargam-se ainda ao Bloco de Esquerda e ao PS, ao qual Joacine recorda que “será muito difícil combater o populismo e a extrema-direita quando os próprios não resistem a posturas e decisões pouco democráticas sempre que têm oportunidade”.
“Num momento de tanto ruído em torno da sessão solene do dia 25 de abril, que nos demonstra que devemos estar atentos à democracia e aos valores de abril, é sobretudo com profunda tristeza que faço este comunicado”, conclui a deputada.
Depois da conferência de líderes desta terça-feira, a estimativa é para que na sessão solene estejam presentes “menos de cem pessoas”, entre deputados e convidados. Nos últimos dias tem-se intensificado a polémica à volta do tema.
Em entrevista, Eduardo Ferro Rodrigues considerou que seria “completamente estúpido” fechar a Assembleia da República ao 25 de abril.
ZAP // Lusa
Bem…… deveriam deixar a moça, recitar mais uns “Poemas” a base de racismo, mentira, vergonha, minorias africanas….etc…. Tadinhaaaaa!
Vai falar de racismo é para a tua terra, não fazes falta nenhuma no parlamento, onde apenas deviam estar pessoas que defendam Portugal e os portugueses, e sobre africanos sim foram eles milhares deles que combateram em Africa por Portugal…nunca se esqueçam disso.
Vejo nesta Sra uma dualidade que é para mim intolerável num deputado (de qualquer pais). Fico sempre sem perceber bem se ela quer ser deputada por Portugal, para Portugal e TODOS os Portugueses ou se quer usar a exposição pública que tem para avançar uma qualquer agenda racial, relacionada com a comunidade de raça negra que vive em Portugal (Portugueses ou não) e o continente Africano.
Nem a comunidade de raça negra que reside em Portugal é a totalidade do povo Português, nem África é o ‘pais’ pelo qual ela foi eleita deputada.
Não tenho absolutamente nada contra os objectivos pessoais da Sra (mesmo!). Só acho que o lugar (de deputado) estaria melhor entregue a alguém que tivesse como objectivo Portugal e os Portugueses, de todas as raças cores e credos.