Alemanha vai começar a abrir escolas a partir de 4 de maio

Moritz Hager / World Economic Forum

Angela Merkel, chanceler alemã

A chanceler alemã anunciou, esta quarta-feira, algumas alterações, nomeadamente a abertura progressiva de escolas a partir de 4 de maio.

Angela Merkel recomendou “fortemente” o uso de máscaras de proteção nos transportes públicos e nos supermercados, garantindo que as principais medidas de contenção são para manter até, pelo menos, 3 de maio.

Em conferência de imprensa, a líder do Executivo alemão sublinhou que a distância mínima de metro e meio “continua a aplicar-se e o seu incumprimento continua a ser alvo de punições”, tal como o impedimento de grupos com mais de duas pessoas.

A chanceler alemã, que falou depois de uma videoconferência com os líderes dos 16 Estados federados, sublinhou que o país conseguiu evitar, por agora, sobrecarregar o sistema de saúde, o que é apenas um “frágil sucesso”.

Mesmo com muito boas intenções, explicou, não há grande espaço para mudanças ou avanços, agradecendo o respeito que a população tem demonstrado ao acatar as medidas de contenção.

Nas alterações hoje anunciadas está a reabertura de lojas com superfície até 800 metros quadrados já a partir da próxima segunda-feira, desde que respeitando critérios de higiene e evitando longas filas para entrar.

As escolas deverão começar a voltar a funcionar progressivamente a partir de 4 de maio, dependendo de cada Estado federado, dando prioridade aos últimos anos dos ensinos primário e secundário.

As celebrações religiosas “não vão acontecer para já”, frisou a chanceler, que vai, no entanto, conversar ainda esta semana com representantes para tentar “encontrar uma maneira mutuamente aceitável de proceder”.

Também não estão permitidos ajuntamentos, como competições desportivas ou concertos, até, pelo menos, 31 de agosto.

O Governo alemão que fazer balanços regulares das restrições a cada 14 dias, isto é, está previsto uma nova comunicação a 30 de abril para clarificar as atuações pós 3 de maio.

A Alemanha regista 127.583 casos diagnosticados e 3254 vítimas mortais e é o quarto país com mais casos do mundo.

Bélgica prolonga confinamento até 3 de maio

As autoridades belgas decidiram prolongar as medidas de confinamento e distanciamento social até 3 de maio e interditar a realização de grandes eventos até final de agosto.

A decisão, anunciada pela primeira-ministra belga, Sophie Wilmès, foi tomada numa reunião do Conselho Nacional de Segurança – que reúne os principais responsáveis políticos do país -, que considerou que ainda não é o momento de começar a levantar as restrições impostas há um mês, o que espera possa vir a acontecer em maio.

“Embora a progressão do vírus esteja a abrandar, esta crise ainda não acabou. Temos de prosseguir os nossos esforços. Foi por isso que o Conselho Nacional de Segurança tomou várias decisões, a primeira das quais é a extensão do confinamento. Com efeito, as medidas de contenção e de afastamento social serão prorrogadas até 3 de maio”.

Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião extraordinária do Conselho Nacional de Segurança para tomar uma decisão sobre o prolongamento ou levantamento gradual do confinamento, iniciado em 18 de março e que expirava em 19 de abril, a chefe de Governo precisou que foi decidido manter as escolas encerradas, tendo sido autorizada apenas a reabertura de lojas de bricolagem e de jardinagem nas mesmas condições que as mercearias e lojas de alimentação.

Por outro lado, o Conselho Nacional de Segurança decidiu também que a partir de agora “pode haver visitas a lares de idosos”, mas apenas um familiar, e sempre o mesmo, desde que não apresente sintomas de infeção pelo novo coronavírus.

No sentido oposto, as autoridades belgas decidiram desde já que não haverá grandes eventos até 31 de agosto, pelo que todos os festivais são anulados.

“Hoje ninguém pode dizer ao certo quando é que vamos voltar ao curso normal das nossas vidas. A nossa situação continua a ser avaliada a cada momento, e na próxima semana haverá uma nova reunião, já centrada no levantamento do confinamento, que será progressivo e começará em maio”, apontou Wilmès.

De acordo com o balanço diário feito pelas autoridades sanitárias, já morreram no país 4440 pessoas vítimas da covid-19, num total de 33.573 casos confirmados de infeção, sendo esta das taxas de mortalidade relacionadas com o novo coronavírus mais elevadas do mundo (359 mortes por milhão de habitantes), o que se explica em parte por serem contabilizados todos os óbitos registados em lares de terceira idade.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 428 mil doentes foram considerados curados.

ZAP // Lusa

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