Nacionalizar a TAP é uma hipótese colocada em cima da mesa pelo Governo. Ainda assim, o Executivo de António Costa está também a estudar outras soluções de financiamento da companhia aérea.
Para cumprir os seus compromissos até ao final do ano, a TAP precisa de 350 milhões a 400 milhões de euros de financiamento no curto prazo, adiantou Humberto Pedrosa ao ECO.
Apesar de o empréstimo com garantia de Estado ser a solução defendida, o Governo inclina-se para uma outra alternativa: a emissão de obrigações convertíveis em ações como um meio caminho entre o empréstimo e o aumento de capital.
De acordo com o diário económico, Humberto Pedrosa, da Atlantic Gateway, considera que a nacionalização da TAP seria um retrocesso no processo de reestruturação e crescimento da companhia.
Para estabilizar as contas deste ano, a TAP precisa de um empréstimo com garantia de Estado e, em 2021, depois de ultrapassada esta crise, abrir a discussão sobre um aumento de capital. “No meu entender, uma solução de empréstimo [obrigações] convertível em ações e acompanhado da entrada de um gestor indicado pelo Estado na comissão executiva seria bem-vinda.”
O Estado tem 50% do capital da TAP, através da Parpública, a Atlantic Gateway tem 45%, e os trabalhadores têm 5% das ações, mas a gestão executiva da TAP está nas mãos dos privados. A TAP precisa de capital e, com esse aumento por parte do Estado, a posição dos privados seria diluída, daí que a consequência seria a nacionalização.
O Governo tem ainda outra solução na manga, que podia evitar a nacionalização direta: uma emissão de obrigações da TAP convertível em ações e tomada pelo próprio Estado, e que conta para capital. Este mecanismo garantiria que a TAP não aumentava o peso da dívida junto de investidores privados, e os próprios bancos financiadores da companhia continuariam a ter precedência no caso de haver reestruturação de dívida face a este instrumento. .