Os preços voltaram a cair 0,4% em maio face a maio de 2013, uma aceleração face à quebra de 0,1% em abril. A variação média dos últimos 12 meses diminuiu para 0,1%, divulgou o INE.
Maio é o quarto mês consecutivo em que o comportamento do Índice de Preços no Consumidor (IPC) é negativo.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), excluindo a energia e os bens alimentares não transformados (inflação subjacente), a inflação apresentou uma taxa de variação homóloga nula, inferior em 0,1 pontos percentuais à registada no mês anterior.
Já o agregado relativo aos produtos alimentares não transformados registou uma taxa de variação homóloga de -4,1% em maio (-1,4% no mês anterior e 4,5% em maio de 2013).
Entre as classes com contribuições negativas para a variação homóloga dos preços, o INE destaca “claramente” a dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, com uma queda homóloga de 2,3% em maio (-0,9% em abril).
Rendas, tabaco e comunicações mais caras
Nas classes com contribuições positivas, o instituto salienta a da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis, que apresentou uma variação homóloga de 2,2% em maio, “influenciada em grande medida pelo subgrupo das rendas efetivas pagas por inquilinos de residências principais.
De referir são também, segundo o INE, os contributos positivos das classes das bebidas alcoólicas e tabaco e das comunicações, com variações de 2,1% e de 1,6% em maio, respetivamente.
De acordo com o instituto, a variação homóloga mais negativa do IPC face ao mês anterior “deve-se em grande parte ao aumento da contribuição negativa da classe de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, cuja variação homóloga passou de -0,9% em abril para -2,3% em maio.
Este comportamento, nota, “resultou, na sua maioria, da variação de preços dos produtos do agregado dos produtos alimentares não transformados, cuja variação homóloga passou de -1,4% em abril para -4,2% em maio.
Embora “em menor grau”, a variação homóloga mais negativa do IPC em maio resultou também da classe dos transportes, que passou de uma variação de 0,3% em abril para -0,5%.
“A um nível mais desagregado”, o INE destaca ainda as contribuições negativas para a variação homóloga dos subgrupos fruta fresca ou frigorificada, produtos hortícolas, batatas e carne de porco.
No que respeita à taxa de variação mensal do IPC, em maio fixou-se nos -0,1% (0,2% no mês anterior e em maio de 2013, sendo que, excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, apresentou uma taxa de variação nula face ao mês anterior (variação inferior em 0,1 pontos percentuais à de maio de 2013).
Quanto à taxa de variação média dos últimos 12 meses, recuou 0,1 pontos percentuais face a abril para 0,1%, sendo que, excluindo do IPC os produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa de variação média foi de 0,2% (tal como no mês anterior).
A diminuição mais significativa na taxa de variação média dos últimos doze meses, face a abril de 2014, ocorreu na classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, com um aumento de 0,2 pontos percentuais para -1,8%.
Relativamente ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, registou uma taxa de variação homóloga de -0,3% (o que representa uma redução de 0,2 pontos percentuais face ao mês anterior), inferior em 0,8 pontos percentuais à taxa estimada pelo Eurostat para os países do euro (tendo esta diferença diminuído em 0,1 pontos percentuais face ao observado em abril).
A taxa de variação mensal do IHPC situou-se nos 0,1% em maio (0,1 pontos percentuais abaixo do mesmo mês de 2013) e a taxa de variação média dos últimos 12 meses diminuiu 0,1 pontos percentuais, para 0,2%, relativamente ao mês anterior.
/Lusa