Um turista chileno avançou com um carro, no passado fim-de-semana, contra vários moai da Ilha de Páscoa, no Chile.
A situação, “aparentemente intencional”, causou “danos incalculáveis” nas estátuas, segundo revelou Camilo Rapú presidente da comunidade Mau Henua, órgão responsável conservação dos moai da Ilha de Páscoa, citado pelo jornal espanhol ABC.
O homem foi detido no próprio dia do incidente, estando agora a ser acusado de causar danos a um monumento nacional.
O Ministério Público ordenou que o turista permanecesse em Rapa Nui – nome oficial da Ilha de Páscoa – e que se apresentasse mensalmente numa esquadra da polícia. O infrator poderá ser condenado a pagar uma multa e a enfrentar outras consequências penais.
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Este incidente mostra que é necessário “rever a estrutura legal que protege o património histórico e cultural dos povos originais”, dando um “sinal categórico em prol da sua defesa e conservação”, disse ainda Rapú.
Nesta terça-feira, o autarca da Ilha de Páscoa, Pedro Edmunds, anunciou que retomará uma iniciativa legal para restringir o acesso de veículos ao local arqueológico. O responsável tentou levar o projeto a cabo há oito anos, mas este acabou por ser chumbado pelas autoridades locais, conta a agência Europa Press.
“Há oito anos, éramos 8.000 pessoas. Hoje, somos mais de 12.000, além dos outros 12.000 turistas que chegam todos os meses. Não fomos ouvidos e este é o resultado”, lamentou Edmunds em entrevista ao jornal El Mercurio.
Rapa Nui, significa “Ilha Grande” e era o nome ancestral do local. Ilha de Páscoa foi a denominação dada pelo explorador holandês Jakob Roggeveen (1659-1729), oficialmente o primeiro europeu a pisar na ilha – como o descobridor chegou num domingo de Páscoa, resolveu dar-lhe esse nome.
Afinal o turista era terrorista