O Ministério Público (MP) suspeita que o ‘hacker’ Rui Pinto, acusado de quase uma centena de crimes, estaria a vender informações a entidades “com relevante poder económico”.
Segundo avançou o Diário de Notícias, que teve acesso ao acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) proferido nesta terça-feira, citado pela Observador, o ‘hacker’ terá tido acesso a essas informações através do acesso ilegal a sistemas informáticos.
“À data da sua detenção o arguido detinha na sua residência um papel por si manuscrito, do qual resulta, indiciariamente, que se encontraria a negociar algum tipo de situação profissional ou de colaboração com terceiros, mediante determinadas condições que pretendia ver satisfeitas, de modo a assegurar o seu futuro. Nessas negociações poderão estar envolvidas entidades com relevante poder económico e que o poderão auxiliar a manter-se em local oculto”, lê-se no documento.
As entidades e as informações que estariam a ser negociadas não são referidas no acórdão. No entanto, continuou o Observador, este dado foi usado pelo MP para afastar a tese da defesa de que não havia perigo da continuação da atividade criminosa, no caso a extorsão, que justifica a prisão preventiva.
Em 17 de janeiro deste ano o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu levar a julgamento Rui Pinto por 90 crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática e tentativa de extorsão, mas deixou cair 57 dos 147 crimes pelos quais o arguido havia sido acusado pelo MP.
E eu suspeito que o MP está a soldo do Estado Lampiónico, tal é o medo que têm do homem …
Uma coisa é certa: ele não vivia “da luz”!!