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Astrónomos captaram uma batalha estelar (e sabemos quem venceu)

ESO

Novas observações do Atacama Large Millimeter Array (ALMA) capturaram o resultado de uma batalha cósmica, que terminou numa nuvem de gás colorida composta pelos restos das estrelas.

Quando uma estrela cresceu, a caminho de se tornar uma gigante vermelha, quase engoliu a sua estrela companheira no processo. Porém, a estrela oprimida não ia morrer sem luta. Em resposta, a estrela companheira de menor massa acionou um mecanismo de defesa – fazendo uma espiral no núcleo da outra estrela.

Enquanto se movia em direção a sua companheira maior, a estrela mais pequena usava jatos de gás para se empurrar. Depois de atingir o seu objetivo, esses jatos de gás colidiram com as camadas de gás que já tinha sido lançadas pela estrela maior, que formava os anéis de gás em cores diferentes.

Na imagem, as cores representam velocidade. Azul representa o gás a mover-se mais rapidamente na nossa direção, enquanto vermelho representa o gás que se afasta mais rapidamente de nós. Os jatos impulsionam o material em azul e vermelho. As estrelas no sistema binário são o ponto brilhante cercado pelo anel verde. O anel verde provavelmente é o material disparado quando a estrela de massa menor entrou em espiral no seu companheiro mais massivo.

O movimento surpresa fez com que a estrela maior se parecesse com um balão, de acordo com o estudo. Como resultado, as camadas de gás da estrela maior foram espalhadas por todo o sistema estelar HD101584 e o núcleo da estrela ficou exposto.

“Atualmente, podemos descrever os processos de morte comuns a muitas estrelas semelhantes ao Sol, mas não podemos explicar por que ou exatamente como acontecem. O HD 101584 fornece pistas importantes para resolver esse quebra-cabeça, uma vez que está atualmente numa curta fase de transição entre estágios evolutivos mais bem estudados”, afirmou Sofia Ramstedt, da Universidade de Uppsala e co-autora do estudo publicado na quarta-feira passada na revista científica Astronomy and Astrophysics, em comunicado.

“Com imagens detalhadas do ambiente da HD 101584, podemos fazer a conexão entre a estrela gigante que era antes e o remanescente estelar que se tornará em breve”, explicou.

Além das consequências da colisão estelar, a investigação mostra como estrelas como o nosso próprio Sol poderão eventualmente morrer.

ZAP //

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