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Entre entradas e saídas, Bruno foi o Rei de um Inverno morno

Manchester United / Twitter

Bruno Fernandes no Manchester United

O futebol português voltou a ser o grande protagonista da reabertura do mercado de transferência, com Bruno Fernandes a ser o “rei de Inverno”, depois de João Félix ter sido a ‘bomba’ no Verão.

Em julho de 2019, os espanhóis gastaram 126 milhões de euros para contratar Félix ao Benfica, e agora, em janeiro, o recorde também foi luso, com os ingleses do Manchester United a pagar 55 milhões de euros ao Sporting para terem Bruno Fernandes.

Os custos para o clube mais vezes vencedor da ‘Premier Legue’ ainda podem ascender aos 80 milhões de euros, pois o contrato prevê mais 25 variáveis, mas os 55 fixos são suficientes para fazer da transferência a maior do mercado de Inverno.

Depois de muitos avanços e recuos, Bruno Fernandes vai mesmo cumprir o sonho de jogar em Inglaterra, e num dos maiores clubes do mundo, seguindo o mesmo caminho, de Alvalade para Old Trafford, de Cristiano Ronaldo ou Nani.

O médio internacional luso chega bem mais maduro, aos 25 anos, do que os compatriotas, depois de dois anos e meio intensos em Alvalade onde conquistou três troféus, uma Taça de Portugal e duas edições da Taça da Liga, e fez 63 golos em 137 jogos.

A saída de Bruno Fernandes deixa mais pobre a I Liga portuguesa, que ficou também a saber que perderá mais um talento na próxima época, uma vez que Trincão, jogador do Sporting de Braga, já se comprometeu com o FC Barcelona, que pagou 31 milhões de euros para ter o jovem de 20 anos a partir de 2020/21.

Para já, ainda haverá Trincão, mas não haverá Bruno, nem o defesa central Tapsoba, que protagonizou a maior transferência da história de Vitória de Guimarães, ao ‘mudar-se’ por 18 milhões de euros para os alemães do Bayer Leverkusen.

Também saiu de Portugal o avançado espanhol Raúl de Tomás, que chegou no Verão para substituir Félix e não se impôs, partindo para o Espanyol pelos mesmos 20 milhões de euros que o Benfica pagara ao Real Madrid.

Dos ‘encarnados’, saíram ainda Gelson Fernandes, emprestado por ano e meio aos ingleses do Tottenham, o sérvio Fejsa, cedido até ao final da época ao Alavés, e o brasileiro Caio Lucas, outro reforço de Verão, que rumou por empréstimo ao Al Sarjah.

O avançado egípcio Hassan, que pouco jogou no Sporting de Braga, também partiu, de volta aos gregos do Olympiacos, tal como o médio boavisteiro Rafael Costa.

Entradas e regressos

A balança das saídas é bem mais pesada, muito por culpa de Bruno Fernandes, mas o campeonato português também recebeu um jogador importante, o médio internacional alemão Julian Weigl, que o Benfica comprou ao Borussia Dortmund por 20 milhões de euros.

Titular no conjunto alemão, um dos melhores da ‘Bundesliga’, Weigl assinou até 2024 pelos ‘encarnados’, numa transferência algo surpreendente, pela dificuldade que os clubes lusos têm em trazer grandes jogadores a viver no auge (conta 24 anos).

As ‘águias’ vão poder contar também com o internacional português Dyego Sousa, que vai jogar no Benfica até ao fim do ano civil de 2020, por empréstimo dos chineses do Shenzen.

Para o Sporting, destaque para a chegada do avançado esloveno Andraz Sporar, proveniente do Slovan Bratislava, que custou sete milhões de euros.

No último dia do mercado, os leões tentaram a contratação do iraniano Mehdi Taremi, mas a intransigência do Rio Ave, que pedia 3,5 milhões por 30% do passe do jogador, deitou por terra o negócio.

Ao contrário de Benfica e Sporting, o FC Porto manteve-se ausente do mercado de transferências. A equipa portista não contratou nenhum reforço de inverno, mas também não perdeu nenhum dos jogadores do plantel principal.

Destaque ainda para os regressos de Ricardo Vaz Tê (Portimonense), Joel Tagueu (Marítimo), Stephen Eustáquio (Paços de Ferreira), João Amaral (Paços de Ferreira), Ivo Pinto (Famalicão), Hugo Vieira (Gil Vicente) e Diogo Salomão (Santa Clara).

Mercado internacional pouco agitado

No que respeita ao mercado internacional, a principal mudança, depois de Bruno, foi a do médio dinamarquês Christian Eriksen, que deixou o Tottenham, de José Mourinho, e ingressou no Inter de Milão, que também contratou Ashley Young e Victor Moses.

Eriksen, que estava em fim de contrato, só valeu 20 milhões de euros, o preço também ‘simbólico’ que o Borussia Dortmund pagou para ter a grande revelação da primeira metade da época, o jovem avançado norueguês Erling Haaland, de 19 anos.

Depois de ter brilhado intensamente nos austríacos do Salzburgo, Haaland rumou à Alemanha e mostrou logo nos dois primeiros jogos o que vinha: em 57 minutos, saindo do banco, marcou a módica quantia de cinco golos. Promete.

Quanto às outras mudanças, destaque para o Villarreal, que foi buscar Paco Alcácer ao Borussia Dortmund, o Leipzig, no qual ingressou o muito pretendido Dani Olmo (ex-Dínamo Zagreb) e o Lyon, vencedor da ‘batalha’ pelo brasileiro Bruno Guimarães, do Athletico Paranaense, também falado como alvo do Benfica.

Por seu lado, o Tottenham roubou Steve Bergwijn ao PSV Eindhoven, o Real Madrid voltou ao Brasil, para contratar Reinier ao Flamengo, enquanto o mexicano Javier ‘chicharito’ Hernández disse adeus à Europa, rumo aos LA Galaxy.

No último dia de mercado, Nico Gaitán chegou ao Lille até ao final da temporada. O futebolista alemão de ascendência turca Emre Can foi emprestado pela Juventus ao Borussia Dortmund.

Uma referência ainda para Daniel Podence, que saiu do Olympicos e foi reforçar ainda mais o contingente português dos ingleses do Wolverhampton, de Nuno Espírito Santo, e para o lateral direito internacional português Cedric Soares, que vai alinhar até ao final da temporada no Arsenal, por empréstimo do Southampton.

ZAP // Lusa

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