/

Cientistas já sabem a causa da morte da múmia egípcia Takabuti

2

(dr) Ulster Museum

Takabuti foi esfaqueada até à morte, revelaram os cientistas

Takabuti, mulher na casa dos 20 anos que viveu no final da XXV dinastia egípcia, foi assassinada à facada, revelaram, finalmente, os cientistas.

Foram precisos 2600 anos para desvendar o caso, mas, finalmente, cientistas conseguiram determinar como é que morreu Takabuti, que agora é uma das famosas múmias em exposição no Museu de Ulster, em Belfast, no Reino Unido.

Nos últimos anos, a múmia egípcia foi sujeita a vários raios-X, tomografias computadorizadas (TC), análise de cabelos e datação por radiocarbono, o último dos quais mostrou que viveu por volta de 660 A.C., no final da XXV dinastia egípcia.

Mas agora, de acordo com o Live Science, uma análise de ADN e novas TC mostraram que a mulher na casa dos 20 anos foi assassinada à facada, tendo sido atacada na parte superior das costas, perto do ombro esquerdo.

Os cientistas confirmaram ainda que o seu coração, que não tinha sido localizado até agora, estava intacto e perfeitamente preservado. “Esta descoberta não pode ser subestimada porque, no Antigo Egipto, esse órgão era removido após a morte e pesado para decidir se a pessoa levara, ou não, uma vida boa. Se fosse muito pesado, era comido pelo demónio Ammit e a sua jornada pós-morte falharia”, explica num comunicado o curador de arqueologia Greer Ramsey, do National Museums Northern Ireland (NMNI).

Além disso, a análise mostrou que a egípcia era geneticamente mais parecida com os Europeus do que com os Egípcios modernos (e, um facto curioso, tinha também um dente e uma vértebra a mais).

“Este estudo contribui para a nossa compreensão não apenas de Takabuti, mas também de um contexto histórico mais amplo dos tempos em que viveu: a surpreendente e importante descoberta da sua herança europeia dá-nos uma luz fascinante sobre uma reviravolta significativa na história do Egipto”, diz também Rosalie David, egiptóloga da Universidade de Manchester.

A equipa de investigação — que inclui cientistas do NMNI, da Universidade de Manchester, da Universidade Queen’s de Belfast e do Hospital Privado Kingsbridge — está agora a escrever um livro sobre as suas descobertas.

ZAP //

2 Comments

  1. A História do Ocidente tem tentado apoderar-se da fantástica civilização egípcia como se ela não fosse africana. Esta descoberta vai alegrar esses historiadores.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.