Os sírios vão às urnas esta terça-feira para eleger o Presidente da República, num escrutínio em que o atual chefe de Estado Bashar al-Assad é o vencedor antecipado.
A votação realizar-se-á apenas nas regiões controladas pelo regime sírio e além de Bashar al-Assad os eleitores vão encontrar mais dois nomes no boletim de voto: o deputado independente Maher al-Hajjar e o empresário Hassan al-Nouri.
As eleições vão realizar-se num país devastado por mais de três anos de guerra civil e perante uma comunidade internacional muito dividida.
A oposição síria, muito fragmentada, definiu o escrutínio como uma “farsa“, enquanto o Governo impediu os dirigentes exilados de apresentarem-se ao escrutínio após estipular o apoio de 35 deputados para cada candidatura, num parlamento controlado pelo regime. Além disso, os candidatos da oposição são pouco conhecidos da população e não puderam fazer campanha nos mesmos termos de Assad.
O argumento entre os partidários do presidente é que a eleição não é perfeita, mas é um começo. Os mesmos que assumem que todos sabem que Assad irá vencer insistem, no entanto, que a eleição importa porque, pela primeira vez desde a década de 1950, sírios têm outras escolhas nos boletins de voto.
ZAP / Lusa / BBC