O ex-presidente da Interpol Meng Hongwei foi condenado a 13 anos e meio de prisão por suborno, segundo uma declaração de um tribunal chinês divulgada esta terça-feira. Além da pena de prisão, foi multado em dois milhões de yuans, o equivalente a mais de 260 mil euros.
De acordo com o tribunal da cidade de Tianjin, citado pelo Expresso, o antigo presidente da Organização Internacional de Polícia Criminal “confessou sinceramente todos os factos criminais” e não irá recorrer da decisão.
No seu julgamento, em junho de 2019, declarou-se culpado de ter aceitado 2,1 milhões de dólares em subornos. Na altura, foi acusado de ter usado o seu estatuto para “procurar benefícios indevidos” e acumular subornos.
Este é um dos casos que compõem um grupo crescente de membros do Partido Comunista Chinês apanhados na campanha anticorrupção do Presidente Xi Jinping, escreveu a agência France-Presse. Os críticos do Governo afirmam que esta campanha tem servido também para afastar os inimigos políticos do líder.
Meng, de 66 anos, foi o primeiro chinês a liderar a Interpol, tendo desaparecido em setembro de 2018 durante uma viagem a Pequim, vindo de França, onde a Interpol está sediada. A Comissão Nacional de Supervisão da China disse, mais tarde, que o mesmo se encontrava detido por corrupção.
Em março de 2019, foi expulso do Partido Comunista por usar o poders para financiar um estilo de vida extravagante e por violae a lei. No mesmo ano, a esposa recebeu asilo político em França, temendo ser alvo de sequestro, juntamente com os dois filhos.
Quando foi eleito presidente da Interpol, em 2016, Meng era vice-ministro de Segurança Pública da China. Em novembro de 2018, a assembleia-geral da organização substituiu-o pelo sul-coreano Kim Jong Yang.