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Presidente da Câmara de Barcelos não pode falar com funcionários (mas não vê problemas nisso)

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Município de Barcelos & Facebook

O presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes

O presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, é arguido no âmbito da “Operação Teia” e, por isso, não pode contactar com os funcionários da autarquia. Apesar disso, continua a exercer as suas funções sem problemas, como diz.

“Limito-me a dar bom dia ou boa tarde porque penso que a Justiça não proíbe o acto de boa educação”, refere Miguel Costa Gomes em declarações à TSF. O autarca que é suspeito de crimes de corrupção passiva e de prevaricação voltou às suas funções na Câmara a 14 de Outubro de 2019, após ter chegado a estar em prisão domiciliária e ter exercido o cargo a partir de casa.

De volta ao activo, Costa Gomes refere que as suas funções têm decorrido sem problemas. “Tem sido tudo normal, tem-se decidido tudo, faço as minhas reuniões normais com os vereadores à segunda-feira, o executivo está a funcionar normalmente. Não tem havido ou não se sente qualquer tipo de impedimento, nem qualquer tipo de perturbação ao nível do funcionamento. A única perturbação é pessoal, por não poder falar com eles”, aponta o autarca.

Convém notar que o presidente da Câmara não está impedido de falar com os seus colaboradores mais próximos. “Todos aqueles que são nomeados, nomeadamente adjuntos, secretários, vereadores, deputados, presidentes de junta não estão abrangidos”, explica na TSF, frisando que está “inibido de contactar com os funcionários do quadro do município”.

Para que as coisas funcionem, o autarca refere que “é feita uma ponte” entre os seus “adjuntos e secretários” que recebem “instruções e que, por sua vez, transmitem aos directores de departamento ou chefes de divisão se for o caso”.

O autarca só lamenta que, neste tipo de casos, “um autarca é exposto e do ponto de vista público é quase condenado logo no primeiro acto“. “Isso é o mais desagradável e perturbante”, diz, defendendo que “se deve continuar a investigar e a controlar o bom rigor da gestão pública, mas ao mesmo tempo é preciso ter respeito por aquilo que é um direito constitucional, de que até prova em contrário todos somos inocentes”.

A “Operação Teia” implica também Joaquim Couto que renunciou ao cargo de presidente da Câmara de Santo Tirso, a sua mulher, e Laranja Pontes, ex-presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. Estão em causa alegados favorecimentos às empresas da mulher de Joaquim Couto por parte da Câmara de Barcelos e do IPO/Porto.

ZAP //

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2 Comments

  1. Olha o artista que foi da mafia da ACIB para a Câmara de Barcelos, para dar continuidade às vigarices do seu antecessor!…
    Este teve menos sorte…

  2. No dia em que dedidirem investigar a sério as nossas autarquias tenham pelo menos o bom senso de lançar em simultâneo um concurso de carácter urgente relativo à construção de 40 ou 50 novos estabelecimentos prisionais um pouco por todo o país.
    É melhor continuar a fazer vista grossa. É assobiar e olhar para o lado. É o melhor.

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