O preço do ródio, um metal extremamente raro utilizado na indústria auto-motriz, aumentou 31% em 2020, atingindo um novo máximo desde 2008.
Os números são avançados esta semana pela Bloomberg, que dá conta que este metal do grupo da platina custa já cinco vezes mais do que o ouro.
O preço do ródio, utilizado na construção de catalisadores de automóveis, aumentou 225% num só ano, tendo o seu preço se multiplicado por 12 nos últimos quatro. Este aumento continuado está relacionado com a procura do setor automóvel.
Na passada sexta-feira, o preço do ródio chegou aos 8.000 dólares por onça, segundo a empresa química Johnson Matthey, citados pela Bloomberg. Alguns especialistas não exulem que o metal possa atingir os 10.000 dólares, valore já registado em 2008.
“A maior causa para o aumento registado em janeiro [de 2019] foi a procura na Ásia, que estará também relacionada com os carros. As compras incentivaram mais compras e o efeito foi massivo no mercado não regulamentado, causando uma dinâmica de preços vista, provavelmente, apenas numa década”, explicou Andreas Daniel, corretor da refinaria Heraeus Holding, também citado pela agência.
Investir no ródio é mais difícil do que noutro metais preciosos, uma vez que este não é vendido em bolsa, observa a Russia Today. O mercado deste metal é limitando, sendo a maior parte dos negócios realizada entre fornecedores e indústrias.
O ródio é o metal mais caro do mundo, sendo também extremamente raro: uma tonelada da crosta terrestre contém apenas 0,001 gramas deste metal de transição, caracterizado pelo seu elevado ponto de fusão e excelentes propriedades anti-corrosivas.
As suas propriedades refletivas são utilizadas em artigos como espelhos, refletores e jóias. África do Sul, Rússia e Canadá são os maiores produtores mundiais de ródio.