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Futuro de Harry e Meghan. Rainha Isabel II convoca reunião de emergência

Facundo Arrizabalaga / EPA

O príncipe Harry, de Inglaterra, e a atriz norte-americana Meghan Markle

O príncipe Carlos, e os seus dois filhos, Harry e William, duques de Sussex e de Cambridge, foram convocados pela rainha Isabel II para uma cimeira real de emergência, esta segunda-feira, em Sandringham, Norfolk.

A Rainha Isabel II convocou, para esta segunda-feira, uma reunião de emergência com o núcleo duro da família real britânica para abordar o futuro papel na monarquia dos duques de Sussex, Harry e Meghan.

Segundo a imprensa britânica, será o primeiro frente-a-frente do príncipe Harry, de 35 anos, com a sua avó depois de ter anunciado na quarta-feira a vontade de ter a sua “independência financeira” com a sua mulher Meghan, e de viver uma parte do ano na América do Norte.

Além de Harry, vão estar presentes na residência da rainha em Sandringham o príncipe William e o seu pai, o príncipe Carlos, herdeiro da coroa, enquanto Meghan participará por telefone desde o Canadá, segundo informou um porta-voz do Palácio de Buckingham.

Harry e a mulher anunciaram a intenção de “recuar” dos deveres enquanto membros seniores da família real do Reino Unido, para se tornarem “financeiramente independentes”, tendo o Palácio de Buckingham dito que essas questões são “complicadas”.

“Depois de muitos meses de reflexão e discussões internas, decidimos fazer uma transição este ano para começarmos a construir um novo papel progressivo nesta instituição. Queremos recuar enquanto membros seniores da família real [do Reino Unido] e trabalhar para nos tornarmos financeiramente independentes”, declararam os duques de Sussex.

A publicação no Instagram também refere que os duques de Sussex vão dividir o tempo entre o Reino Unido e os Estados Unidos, de onde é natural a mulher do príncipe Harry, Meghan Markle.

Na reunião de segunda-feira vão ser analisados os “passos seguintes” a ser tomados em relação aos duques e os planos que foram estudados em coordenação com os funcionários do Governo britânico e o do Canadá, onde, ao que tudo indica, os duques querem estabelecer residência.

O inesperado anúncio de Harry e Meghan, que asseguram ter a intenção de “trabalhar para ser financeiramente independentes”, provocou mal-estar entre o resto dos membros da monarquia e levantou dúvidas sobre as futuras fontes de financiamento dos duques.

Segundo a imprensa, prevê-se uma “atmosfera tensa” numa “família real ferida”, que foi surpreendida pelo anúncio do casal, revivendo a memória da abdicação em 1936 do rei Eduardo VIII para casar com Wallis Simpson, uma norte-americana divorciada, como Meghan.

A rainha Isabel II, de 93 anos, pediu aos membros da família para que encontrassem rapidamente “uma solução” para o neto, sexto em sucessão, e a sua mulher.

Entre os assuntos na reunião, estará o montante da doação financeira que o príncipe Carlos atribuirá ao casal da sua reserva pessoal, que representa a maior parte do seu rendimento, bem como a questão dos títulos reais e o perímetro das transações comerciais que Harry e Meghan serão autorizados a fazer.

De acordo com o The Guardian, Harry e Meghan receberam cerca de 5 milhões de libras, 5,87 milhões de euros, em 2018-2019.

A notícia da intenção dos duques de Sussex causou inquietação pública e indignação, difundida profusamente através dos meios de comunicação social britânicos, e até o museu Madame Tussauds em Londres, que exibe 250 estátuas de cera das grandes figuras do mundo, agiu rapidamente e separou Harry e Meghan do resto da família real.

ZAP // Lusa

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