Esta quarta-feira, o Ministério Público da Bolívia emitiu um mandato de captura contra o antigo Presidente Evo Morales, que se encontra exilado na Argentina.
Arturo Murillo, ministro boliviano do Interior, revelou que a ordem se destina a impedir a participação do ex-chefe de Estado, Evo Morales, num fórum sobre Direitos Humanos no Chile. “Demos indicação para a emissão pela Interpol do mandado internacional de captura contra Evo Morales por causa das notícias que chegam do Chile”, indicou.
O governante referia-se a uma publicação no Twitter do senador chileno Iván Moreira, que na terça-feira anunciou que Morales planeava participar no fórum com o seu advogado, o antigo juiz espanhol Baltasar Garzón.
Contudo, Morales garantiu que não tem “convite oficial” nem “informações” sobre o evento. “Antes, quando era dirigente, os racistas declaravam-me persona non grata, agora, como Presidente indígena, pedem a minha detenção”, escreveu na mesma rede social.
De acordo com o Expresso, o objetivo do mandado de captura é evitar que o ex-Presidente, que tem mantido atividade no seu exílio político, ande livremente pela região.
Morales renunciou a 10 de novembro de 2019, pressionado pelo Exército, pela polícia e pelos protestos motivados pelas denúncias de fraude nas eleições presidenciais. O antigo governante tentava um quarto mandato consecutivo, depois de quase 14 anos no poder.
No entanto, o Parlamento boliviano aprovou uma lei no final de novembro a convocar novas eleições presidenciais e legislativas, nas quais o ex-Presidente não pode concorrer.
Cabrón, ladron, hino de sín verguenzas. Merecias un par de chicotadas de la parte de todos los paysanos.