Um tribunal de Roma ordenou que o Facebook reativasse a conta do partido italiano neofascista CasaPound, obrigando ainda a rede social a pagar 800 euros por cada dia que a conta esteve desativada.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a conta, que contava com 240 mil seguidores, foi encerrada em setembro pelo Facebook ao abrigo de uma regra da empresa que proíbe “pessoas ou organizações que espalham ódio ou atacam outras”.
“Pessoas ou organizações que espalham ódio ou que atacam outros não terão espaço no Facebook ou Instagram. As contas que removemos violam esta política e não vão mais estar presentes nas redes sociais”, disse em setembro um porta-voz do Facebook, citado pela agência de notícias italiana Ansa.
Contudo, o tribunal italiano entendeu que, sem a sua conta na rede social, o partido ficava “excluído (ou extremamente limitado) do debate político italiano”.
O Facebook foi ainda responsabilizado pelas custas e despesas legais do processo, que ascendem a 15 mil euros, de acordo com a imprensa italiana.
A rede social fundada pelo norte-americano Mark Zuckerberg não cumpriu imediatamente a ordem, dizendo que a irá “analisar cuidadosamente”.
O CasaPound, recorda o semanário Expresso, foi fundado nos anos 1990 e o seu nome é uma referência ao poeta norte-americano Ezra Pound, que admirava Mussolini e era conhecido pelas crenças fascistas e antissemitas. Desde a sua criação, envolveu-se em várias polémicas, tendo sido acusado de encorajar a violência e o racismo.
