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Harvey Weinstein perto de chegar a acordo de 22 milhões de euros com vítimas

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Andrew Gombert / EPA

O produtor Harvey Weinstein que esteve por trás de filmes como como “Reservoir Dogs”, “Pulp Fiction” e “Malèna”.

O produtor, acusado de vários casos de abusos sexuais a atrizes e funcionárias, terá chegado a um acordo de 22 milhões de euros com 30 atrizes que o processaram.

O acordo exige a aprovação do tribunal e a assinatura final de todas as partes, segundo informou o New York Times, que avançou que as negociações entre os advogados das vítimas e os da empresa de Harvey Weinstein, que assumirá o encargo, estão muito próximos do fecho e em situação de aprovação preliminar.

Antes da materialização do acordo terá de ser elaborado um documento final, mais extenso e detalhado, que requer a aprovação por parte de pelo menos dois juízes, um da corte federal de Delaware que supervisiona a declaração de bancarrota de The Weinstein Company e outro da corte federal de Nova Iorque.

No entanto, o acordo poderá não prosperar por causa das objeções de alguns advogados que representam as vítimas e não se mostraram a favor desta resolução.

Ao ser aprovado, o acordo permitirá a Weinstein livrar-se de uma boa parte das denúncias contra si e a sua antiga empresa, The Weinstein Company. As vítimas, na sua maioria atrizes e funcionárias, acusaram o produtor de assédio sexual e violações.

Dos 25 milhões de dólares (cerca de 22 milhões de euros), 6,2 milhões (5,6 milhões de euros) serão divididos entre 18 vítimas, com nenhuma a conseguir mais do que meio milhão de dólares (perto de 450 mil euros).

Os 18,5 milhões de dólares (16,6 milhões de euros) destinam-se aos autores de uma ação coletiva e outra ação movida pelo Ministério Público de Nova Iorque, bem como para os futuros demandantes num processo que seria conduzido por um profissional indicado pelo tribunal e que alocaria os fundos de acordo com a gravidade de cada caso.

Segundo o jornal norte-americano, citado pelo Observador, o acordo não obriga o produtor de cinema a admitir má conduta ou a pagar, ele próprio, a indemnização às vítimas. A quantia será paga por companhias de seguros que representam a sua antiga empresa, uma vez que esta está em situação formal de falência.

Esta quarta-feira, o juiz do tribunal de Manhattan decretou o aumento da caução para cinco milhões de dólares por ter violado os termos da liberdade condicional. O julgamento está marcado para o dia 6 de janeiro.

ZAP // Lusa

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