Fernando Frazão / Agência Brasil
Uma mulher e oito homens morreram, no domingo, depois de terem sido pisados durante uma festa de funk em Paraisópolis, no estado brasileiro de São Paulo, e outras sete pessoas feridas.
Segundo noticiou o Observador, existem duas versões sobre os acontecimentos de domingo. De acordo com a polícia, os agentes envolvidos no tiroteio que originou o incidente chegaram ao local enquanto perseguiam dois suspeitos que os atacaram. Porém, os familiares dos vítimas dizem que houve uma emboscada.
A versão da polícia, relatada pelo Estadão, indica que eram 05:00 em São Paulo quando o incidente aconteceu. Na zona estavam seis motas da polícia para reforçar a segurança da festa, que contava com cerca de cinco mil pessoas.
O G1, contudo, indicou que esta situação está relacionada com a Operação Pancadão, realizada para impedir a perturbação do sossego, fiscalizando assim a emissão dos ruídos das viaturas em circulação. Foi por esta altura que uma mota com dois ocupantes passou e abriu fogo contra os agentes, que os perseguiram.
Os dois ocupantes da mota fugiram em direção ao local da festa e, na versão da polícia, misturaram-se com a multidão, continuando a disparar e gerando tumulto, indicou o G1.
A polícia terá sido reforçada e recebida com pedras e garrafas, gerando-se uma grande confusão com pessoas a caírem a e a tropeçarem umas nas outras. Terá sido nessa altura que os agentes dispararam munições químicas para dispersar a multidão, o que levou a que nove pessoas morressem pisadas.
No entanto, a notícia do G1 inclui relatos de várias pessoas que estavam na festa e que acusam a polícia de abuso de força. Explicam que os agentes fecharam a rua e começaram a usar balas de borracha, cassetetes e gás-pimenta. Nas redes sociais há várias publicações de vídeos com alegadas agressões dos agentes.
Ao Folha de São Paulo, familiares das vítimas disseram que tratou-se de uma “emboscada” por parte da polícia, com relatos de jovens que afirmam terem sido agredidos quando tentavam fugir do local. Desconhecem-se para já a idade exata das vítimas, mas a mais nova terá 14 anos.
A polícia mantém a versão oficial e tanto a mota como os suspeitos estão por localizar.
