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Malta: Assassinos receberam 150 mil euros para matar jornalista

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(dr) Times of Malta

A jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia

Os autores materiais do crime receberam 50 mil euros cada um pela morte da jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia.

Os três assassinos contratados para matar a jornalista maltesa Daphne Caruana Galizia receberam, cada um, 50 mil euros pelo crime.

O dinheiro foi pago pelo empresário Yorgen Fenech, detido na semana passada e acusado de ser o mandante do crime. Ainda assim, o empresário garantiu à polícia que a morte da jornalista maltesa foi encomendada por Keith Schembri, amigo de longa data do primeiro-ministro Joseph Muscat e, até à última segunda-feira, seu chefe de gabinete.

Segundo fontes da investigação citadas pela Reuters, tanto o intermediário confesso do crime, o taxista Melvin Theuma, como um dos assassinos, Vincent Muscat, confirmaram à polícia que Yorgen Fenech pagou 150 mil euros pela morte da jornalista.

O contrato terá sido fechado num café dos arredores de La Valletta, em Malta, no verão de 2017, mediante o pagamento de um sinal de 30 mil euros. Os três assassinos – Vincent Muscat e os irmão Alfred e George Degiorgio – chegaram a comprar uma espingarda com mira telescópica à Mafia italiana, dado que o plano inicial era matar a jornalista a tiro. No entanto, acabaram por mudar de ideias com medo de falhar.

Desta forma, os criminosos trocaram a espingarda por uma bomba acionada à distância, que Alfred colocou debaixo do lugar do condutor do carro da jornalista. Os três assassinos foram detidos em dezembro de 2017, dois meses após o crime, e aguardam julgamento.

Daphne Caruana Galizia, de 53 anos, foi morta em 16 de outubro de 2017 com uma bomba colocada no seu automóvel em Bidnija, onde vivia.

A jornalista investigava, na altura, vários políticos malteses, incluindo o primeiro-ministro e a mulher, no âmbito dos Papéis do Panamá, que mostraram como centenas de políticos, empresários e celebridades utilizaram paraísos fiscais para evasão fiscal, lavagem de dinheiro e transações ilegais.

ZAP //

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