As placas tectónicas surgiram quando a Terra era bombardeada por impactos colossais. Cientistas investigaram se estes fenómenos tinham alguma relação, e tudo indica que sim.
A Terra evoluiu de uma massa derretida para um corpo planetário rochoso e esta continua a ser uma das maiores questões da Ciência. De acordo com uma nova investigação, publicada recentemente na Geology, cientistas da Universidade Macquarie, do Southwest Research Institute e da Harvard University, sugerem que essa transição pode ter sido desencadeada por intenso bombardeamento extraterrestre.
Simulações de computador e comparações com estudos anteriores revelaram que, há cerca de 4,6 mil milhões de anos, os impactos de destruição da Terra continuaram a moldar o planeta durante centenas de milhões de anos, aponta o Sci-News.
Apesar de esses eventos terem diminuído com o tempo,o cráton Kaapvaal, na África do Sul, e o cráton de Pilbara, na Austrália, sugerem que a Terra experimentou um período de intenso bombardeamento, há cerca de 3,2 mil milhões de anos, ao mesmo tempo em que aparecem as primeiras indicações de movimento das placas tectónicas.
Os cientistas sugerem que colossais as colisões de corpos extraterrestres engatilharam a transição terrestre do seu estado quente e primitivo para o mundo que conhecemoshoje: com a litosfera (crosta e manto superior) fragmentada em placas.
“Costumamos pensar na Terra como um sistema isolado, onde só importam os processos internos”, disse o co-autor do artigo científico Craig O’Neill, em comunicado. “No entanto, estamos a sentir, cada vez mais, que o efeito da dinâmica do Sistema Solar influencia o comportamento da Terra.
O’Neill e a sua equipa estudaram certas camadas sedimentares localizadas em solos australianos e sul-africanos e descobriram que, há 3,2 mil milhões de anos de anos, a Terra foi “castigada” com muitos impactos.
Depois de terem criado várias simulações,foram capazes de perceber a tectónica global: ao contrário das primeiras centenas de milhões de anos de vida da Terra (formada há 4,6 mil milhões de anos), em que as colisões de corpos com 300 quilómetros de diâmetro eram frequentes, no Arqueano diminuíram um pouco.
Nesta altura, os corpos que impactavam com a Terra não passavam dos 100 quilómetros de diâmetro (30 km maior do que o asteróide que matou os dinossauros). Contudo, importava saber se estes eventos, ainda que menores, eram o suficiente para fragmentar a litosfera.
Para isso, os investigadores usaram técnicas para estimar a quantidade de impactos no Mesoarqueano e criaram simulações para modelar os efeitos dessas colisões na temperatura do manto. E os resultados apontam o sim como resposta.
Estes corpos celestes quilométricos que impactavam com p nosso planeta podem ter criado as placas tectónicas. Como nem a litosfera nem o manto eram homogéneos, os impactos acentuaram ainda mais essas diferenças de flutuabilidade no manto – e assim terão surgido as placas tectónicas.
Claro. Do tipo que aquele gringo armstrong tomava.
cráton é Brasileiro. Em português é cratão