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Falta de médicos leva IPO de Lisboa a adiar consulta de paciente com 90 anos para 2021

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O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa adiou a consulta de um paciente nonagenário que estava marcada para janeiro de 2020 para o ano seguinte, isto é, para janeiro de 2021 devido à falta de médicos.

Segundo conta o jornal Público, em causa estava uma consulta de dermatologia que, com o adiamento, acabou por ultrapassar o tempo médio de resposta.

O caso foi reportado pela filha do utente, que recorreu às redes sociais na passada segunda-feira para denunciar a situação, considerando-a “inadmissível” e “desumana”.

“Informamos que a consulta de primeira DERM marcada para o dia 20/01/2020 às 14 horas, foi alterada para o dia 04/01/2021 às 14:30 horas no Pavilhão Escola Superior de Enfermagem – Piso 02”, pode ler-se na carta enviada IPO ao utente publicada no Facebook.

Questionado pelo Jornal de Notícias, o instituto confirmou que a consulta foi adiada, dando conta que o utente foi referenciado pelo centro de saúde como prioridade normal, uma vez que lesão apresentada foi triada como não oncológica.

O IPO recordou ainda que faltam especialistas e garante ter explicado na carta enviada uma alternativa de tratamento noutra unidade de saúde.

Entretanto, e devido ao “alarme social gerado” com a divulgação do adiamento, o IPO decidiu antecipar a consulta. “Face ao alarme social gerado em torno deste caso, o IPO-Lisboa e o Serviço de Dermatologia decidiram antecipar a consulta e, assim, esclarecer cabalmente a situação com o próprio doente e a sua família”, apontaram, em comunicado.

“A conjunção da informação disponível permitiu atribuir uma prioridade normal ao doente em causa, o qual poderia ser tratado e acompanhado em qualquer serviço de dermatologia hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, sem a diferenciação e as especificidades de tratamento do IPO”, acrescenta na mesma nota enviada ao Público.

ZAP //

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