O farol de Rubjerg Knude, na Dinamarca, foi transportado, esta terça-feira, quase 70 metros através de rodas e carris para ser salvo da erosão costeira.
Há 120 anos que o farol de Rubjerg Knude, na Jutlândia do Norte, Dinamarca, está situado numa duna de areia a ajudar pessoas que vivem do mar a chegarem em segurança ao seu destino. No entanto, a erosão costeira provocada pelos ventos do Mar do Norte deixou-o sob ameaça, ficando a apenas alguns metros do penhasco onde se encontra.
Segundo a BBC, a estrutura de 23 metros foi agora transportada mais para o interior. Inicialmente, estimou-se que o farol pesava cerca de mil toneladas, mas afinal tratavam-se ‘apenas’ de 720 toneladas, o que facilitou todo o processo.
“Não podíamos avançar mais depressa do que 12 metros por hora porque era preciso calibrar a hidráulica. Está por cima da areia e é preciso garantir que desliza bem nos dois carris”, disse Mette Ring, das autoridades locais.
O farol, que é uma atração turística popular, recebendo cerca de 250 mil pessoas por ano, foi movido cerca de 70 metros com recurso a rodas e carris. O percurso demorou algumas horas e foi transmitido por alguns meios de comunicação sociais dinamarqueses.
“Está no meio de uma gigantesca duna de areia e podemos vê-lo à noite. É ventoso e áspero e podemos realmente sentir os elementos aqui”, acrescentou Ring, citado pela emissora britânica.
O farol foi classificado pela ministra do Ambiente dinamarquesa, Lea Wermelin, como um “tesouro nacional” para tentar justificar as cinco milhões de coroas investidas, cerca de 700 mil euros.
Segundo o The Guardian, o autarca Arne Boelt afirmou que muitas coisas poderiam ter corrido mal ao mudá-lo de sítio, mas “foi um risco que valeu a pena porque a alternativa era desmantelar o farol”.
Quando foi construído, em 1900, Rubjerg Knude ficava a 200 metros do mar, mas a erosão costeira deixou-o a apenas seis metros. A área ao seu redor vai agora ser preenchida com cimento.