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“Troika de Higgs” pode ser responsável pelo desaparecimento da antimatéria

NASA / WMAP SCIENCE TEAM

Representação da evolução do Universo

Uma ação combinada de partículas, conhecidas como “Troika de Higgs”, pode teoricamente decifrar o mistério que sugere que há mais matéria do que antimatéria no Universo.

Uma equipa de investigadores desenvolveu uma teoria para explicar porque é que há muito mais matéria do que antimatéria no Universo. Durante várias décadas, os cientistas tentaram encontrar uma explicação para este fenómeno, mas só agora a equipa conseguiu elaborar uma teoria que, acreditam, pode explicar o mistério.

Estudos do National Brookhaven Laboratory e da Universidade do Kansas indicam que a diferença nas quantidades de matéria e de antimatéria não ocorreu durante o nascimento do Universo, mas sim um pouco mais tarde. As teorias afirmam que, durante esse período, as quatro forças elementares – gravidade, força eletromagnética, força nuclear forte e força nuclear fraca – ainda permaneciam unidas.

Além disso, os investigadores afirmam que investigações e experiências recentes no Grande Colisionador de Partículas (LHC) revelaram a existência de um bosão de Higgs de alta energia, com uma massa de 125 GeV/c2. Esta descoberta sugeriu a possibilidade de muitos tipos de bosões de Higgs de alta energia, a base da nova teoria.

No artigo científico, recentemente publicado no arXiv, os cientistas sugerem que é possível que tivessem existido três tipos de bosão de Higgs de alta energia durante o período que antecedeu a perda de uma grande percentagem de antimatéria. Estes três tipos de partículas, que os cientistas chamam de “Troika de Higgs“, podem ter desempenhado um papel importante na eliminação da antimatéria.

Os físicos acreditam que as três partículas criaram um fluxo de matéria quando se decompuseram logo após o nascimento do Universo. Além disso, os investigadores pensam que muitas dessas partículas encontraram partículas de antimatéria, o que resultou na aniquilação de ambos os tipos de partículas.

De acordo com a equipa, se este fenómeno continuasse por um período de tempo mais alargado, a maior parte da antimatéria no Universo teria desaparecido. Ainda assim, segundo o Europa Press, haveria matéria suficiente gerada pela “Troika de Higgs” para cobrir toda a matéria bariónica observada no Universo atualmente.

Para este cenário funcionar, haveria duas partículas de Higgs ainda não descobertas, e a que foi recentemente identificada. Além disso, o período de tempo durante o qual a antimatéria foi perdida teria sido muito curto, antes que as quatro forças tivessem sido divididas nos seus estados naturais.

ZAP //

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