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Elisa Ferreira com luz verde da comissão de Assuntos Jurídicos do PE

Tiago Petinga / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa (D), discursa acompanhado pela comissária indigitada, Elisa Ferreira (E)

A comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu (PE) deu “luz verde”, esta quarta-feira, à comissária indigitada por Portugal, depois de analisar os esclarecimentos adicionais que havia solicitado.

Fontes parlamentares revelaram à agência Lusa que os membros da comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu deram por encerrado o caso de Elisa Ferreira, considerando esta quarta-feira que não existem quaisquer conflitos de interesse.

Segundo o Público, a conclusão dos membros da comissão foi de que a documentação avançada pela ex-eurodeputada era “exata e completa” e não deixava antever quaisquer conflitos de interesse, “reais ou potenciais”.

A comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu (PE) tinha levantado questões sobre a anterior vice-governadora do Banco de Portugal por deter ações no grupo Sonae que, entretanto, foram vendidas pela comissária designada por Portugal.

Elisa Ferreira vai ser ouvida a 2 de outubro pela Comissão de Desenvolvimento Regional da assembleia europeia, numa audição em que participarão ainda eurodeputados das comissões de Orçamentos e de Assuntos Económicos e Monetários. Só no final dessa audição é que o PE se pronunciará oficialmente sobre a sua nomeação.

No caso da candidata portuguesa, os eurodeputados não viram qualquer incompatibilidade entre o cargo de comissária europeia e a função de presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte desempenhada pelo seu marido, Fernando Freire de Sousa.

Esta terça-feira, Elisa Ferreira disse ter ficado “um bocadinho surpreendida” por esta questão ter chegado à imprensa, uma vez que não vê “exatamente qual é o conflito que pode existir entre o interesse público defendido pelo Estado e o interesse de um funcionário público que, no fundo, exerce funções sob o controlo da administração central portuguesa”.

A socialista poderá ser a primeira mulher portuguesa a integrar o Executivo comunitário desde a adesão de Portugal à União Europeia e sucederá a Carlos Moedas, comissário que teve a seu cargo a pasta da Investigação, Ciência e Inovação.

ZAP // Lusa

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