O Tribunal de Torres Vedras decretou prisão preventiva para um bombeiro detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de fogo posto no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, disse fonte judicial esta quinta-feira.
O suspeito foi presente a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Torres Vedras ao final do dia de quarta-feira e vai aguardar julgamento em prisão preventiva, referiu a fonte judicial à agência Lusa.
O comandante dos bombeiros, Fernando Barão, afirmou que o bombeiro, com “cerca de 38 anos” de idade e mais de 20 de profissão, trabalhava desde há três anos na secção da Silveira da corporação e foi detido esta semana pela Polícia Judiciária.
No último ano, deflagraram “dois a três incêndios” junto à habitação do suspeito, tendo o próprio alertado os bombeiros. Os indícios de fogo posto foram comunicados pela corporação à GNR, adiantou Fernando Barão. O maior consumiu cerca de um hectare, sem provocar vítimas ou outros danos.
Fonte da GNR confirmou à Lusa que, no último ano, as autoridades “reuniram indícios” de fogo posto que recaíam sobre o bombeiro e comunicaram-nos à PJ. Em junho, o bombeiro voltou a ser suspeito de novo fogo posto. “Ele estava de serviço, ausentou-se para ir a casa de um familiar e pouco tempo depois deflagrou aí um incêndio junto da casa“, tendo sido identificado pela GNR, disse o comandante da corporação.
De acordo com a mesma fonte, o suspeito foi detido esta semana pela PJ, à qual terá confessado os crimes.
O caso “é triste e revoltante”, referiu Fernando Barão, adiantando que o alegado comportamento do bombeiro “põe o nome da associação em causa”. “Se se comprovar esse comportamento, só tem de ser responsabilizado pelos seus atos”, acrescentou.
Ainda antes de ser decretada a prisão preventiva, o bombeiro estava já suspenso de funções até ao julgamento.
// Lusa