“Camille” e “Julien” foram os dois nomes gravados no dorso do rinoceronte Noële, uma fêmea de 35 anos. A atitude já gerou uma onda de críticas ao zoo La Palmyre, em Royan, no sudoeste de França.
Os autores usaram as unhas para escrever o nome, raspando pó, areia e pele morta. Devido à proteção da pele ser grossa — pode chegar a 1,5 e cinco centímetros de espessura — o animal não ficou com marcas.
“Na realidade, não se trata de gravuras, mas de uma pessoa que arranhou a pele do animal para remover a camada de poeira e escrever o seu nome”, diz o diretor do Zoo de la Palmyre, Pierre Caillé ao jornal Sud Ouest. Dada a falta de sensibilidade no dorso dos rinocerontes, à partida, o animal não sentiu nada.
Neste zoo, as barreiras que deviam separar os animais das pessoas permitem que os visitantes os possam tocar. “O animal pode nem se ter apercebido. Limpámos rapidamente as inscrições e não houve qualquer dano para o animal”, explica o diretor do zoo.
Desde que este episódio ocorreu, no dia 18 de agosto, que as imagens têm circulado nas redes sociais e o comportamento dos visitantes tem gerado indignação. As fotografias do rinoceronte maltratado foram partilhadas por alguém que se apercebeu do ocorrido.
O zoo, num comunicado partilhado no Facebook pela Royan News, revelou estar “indignado com a estupidez e desrespeito” por parte do autor.
“Os rinocerontes podem estar contra a parede do recinto (perto dos visitantes) ou podem afastar-se. Quando estão contra a parede, os visitantes têm a oportunidade de tocar na pele das costas do animal e, a grande maioria, faz isso com respeito”, lê-se.
Para explicar o contacto próximo que se pode ter com os animais do zoo, a publicação diz que “a capacidade de abordar tal animal desperta a emoção do visitante e torna-o consciente não só da diversidade, mas também da majestade de vida ao nosso redor”.
Segundo Caillé, os rinocerontes movimentam-se livremente no seu espaço, por isso, nesta situação é possível tocá-los. “É mais uma questão de desrespeito ao animal do que um comportamento perigoso para a pessoa e o animal” denuncia o diretor.
Ainda que este tipo de atitudes por parte dos visitantes sejam raras no zoológico, Caillé alerta que estas existem. “É um comportamento bastante raro, e dos 60 mil visitantes que recebemos, apenas uma pessoa se comporta de forma desrespeitosa e inapropriada”.
Depois deste episódio, o parque não pretende proibir o acesso dos visitantes aos rinocerontes. Em vez disso, pretendem reforçar as medidas de segurança e vigilância, com a presença de pessoal à volta de alguns recintos, para monitorizar e educar o público.
À controvérsia juntou-se a preocupação de alguns visitantes do zoo com a excessiva magreza dos rinocerontes, à qual o zoo respondeu que a saúde dos animais é a sua prioridade e que intervém assim que ocorrer um problema.
Um visitante também se queixou, esta segunda-feira, de o lago dos caimões ser utilizado como “fonte dos desejos”, para onde se atiram moedas, e de existir um tipo de pipoca para alimentar os animais. O diretor respondeu que era uma forma de evitar que as pessoas alimentassem os animais com comida que não fosse adequada.
Na madrugada de sexta-feira, um incêndio atingiu um armazém de 200 metros quadrados, com 20 toneladas de palha e feno. No início, as investigações da polícia consideravam que o fogo tinha ocorrido na sequência de um acidente, mas mais tarde foi detido um ex-funcionário do zoo, que admitiu ser responsável pelo incidente.
De acordo com o Observador, o homem com cerca de 40 anos admitiu também ter despejado detergente da loiça na água dos flamingos. O ex-funcionário vai ser submetido a uma avaliação psiquiátrica.
“E não houve qualquer dano para o animal”
ahahahahahahahah muito bom.
Como se existisse sequer a possibilidade de haver dano por se ter tirado o pó do dorso…
No outro dia vi um carro na rua a dizer, “lava-me porco”, também senti que foi desrespeitoso para com o carro, o carro ficou muito afetado e já não é o mesmo!
Tal como com o rinoceronte que já nem come nem dorme com o trauma com que ficou…
Epá pode ser estupido escrever o nome no dorso do animal, mas também não criem uma avalanche deste tipo, há coisas mais importantes com que se importarem, o bolsomerdas por exemplo e a falta de respeito que esse animal demonstra pela natureza.