Grande parte do território de Timor-Leste, com exceção do enclave de Oecusse, esteve este domingo sem luz durante cerca de três horas devido a uma avaria na principal central elétrica do país, em Hera, a leste da capital.
O Ministério das Obras Públicas informou numa mensagem divulgada através do Facebook que o serviço elétrico foi suspenso entre as 19:50 e as 23:20 locais (menos oito horas em Lisboa), devido a um problema num “disjuntor de proteção do transformador” da central.
Técnicos da Eletricidade de Timor-Leste (EDTL) e da empresa Wartsila trabalharam para reparar o problema, tendo o ministro das Obras Públicas, Salvador Pires — que visitou a central —, agradecido a “paciência de toda a comunidade”.
Os técnicos estiveram a trabalhar “mais de cinco horas” para resolver todos os problemas existentes, explica a mesma mensagem.
A EDTL explica numa das suas publicações sobre a situação que houve um problema com o sistema de controlo eletrónico da central de Hera, afetando um dos disjuntores, o que levou ao corte de toda a energia para o país.
A única região que esteve sempre com a situação normalizada foi a do enclave de Oecusse Ambeno, que tem um gerador independente, em Sakato, na parte leste da região.
Pouco depois do apagão, o ministro das Obras Públicas, Salvador Pires, deslocou-se com membros da sua equipa à central de Hera para se inteirar da situação, divulgando fotos da visita no Facebook.
O apagão afetou telecomunicações, com problemas de conexões em algumas redes, tendo a cidade de Díli ficado praticamente às escuras com algumas estruturas, como hotéis, embaixadas, o Palácio do Governo ou alguns condomínios residenciais a operarem geradores.
Nas últimas semanas, o Governo tem vindo a recuperar várias avarias em pontos da capital, tendo feito a reparação de vários candeeiros em ruas e parques, alguns dos quais sem funcionar há vários anos.
As reparações e melhorias na rede inserem-se, em parte, nos preparativos para as comemorações do 20º aniversário da consulta popular em que a ampla maioria dos timorenses escolheu a independência, em 30 de agosto de 1999.
// Lusa