Urgência de Obstetrícia do Hospital de Beja encerrada até domingo por falta de médicos

A urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Beja vai estar encerrada entre esta sexta-feira e as 8h00 de domingo, devido à dificuldade em assegurar o número de médicos necessário para o funcionamento do serviço.

É a segunda vez que a situação ocorre esta semana, e pela menos a sétima desde o início do ano. Ao Expresso, fonte do Hospital José Joaquim Fernandes sublinhou “não ser normal o encerramento ocorrer duas vezes numa semana”.

O problema coloca-se, “sobretudo em períodos de férias ou feriados alargados”, dado as escalas para o funcionamento deste serviço obrigarem à presença de dois clínicos. Uma vez que “são médicos prestadores de serviços” – externos ao estabelecimento hospitalar -, “nestes períodos é mais difícil conseguir a colocação”, explicou o gabinete de comunicação do hospital.

Para as grávidas que se deslocarem à urgência de Obstetrícia de Beja, a solução passa pelo encaminhamento para Évora, a 80 quilómetros e o hospital mais próximo. Faro fica a 140 quilómetros.

“As que por meios próprios se dirigem ao hospital de Beja são encaminhadas para Évora”, explicou a mesma fonte. “Não estando em situação de parto iminente” terão de aí se dirigir por meios próprios também. Há situações em que a grávidas são diretamente encaminhadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), caso em que “podem seguir para Faro”, de acordo com a gestão feita pelo serviço, “em função do lugar concelho de residência”, por exemplo.

Entre as 6h00 de terça-feira e as 8h00 desta quarta-feira – período do encerramento anterior – “entre 4 a 6 grávidas procuraram o hospital de Beja”, não tendo sido possível o seu atendimento.

Segundo o hospital José Joaquim Fernandes, nenhum outro encerramento está previsto até ao final de agosto, “nem, em princípio, pelo menos nas duas primeiras semanas de setembro”.

Na quarta-feira, de acordo com o Jornal de Notícias, uma mulher grávida de 40 semanas foi recusada por um médico do serviço de urgência do Hospital de Beja. Face à recusa do médico de serviço, a mulher foi transportada pelo marido, profissional dos Bombeiros de Beja, no automóvel do casal, para o Hospital do Espírito Santo, em Évora, sem qualquer assistência médica.

ZAP //

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