Foram reportados vários casos de cães que morreram pouco tempo após nadar em lagos. A culpa é das cianobactérias, também conhecidas por algas verde-azuladas.
Na realidade, alguns cientistas consideram que as cianobactérias não são algas, uma vez que são procariontes, enquanto as algas são eucariontes. Terminologias à parte, estas podem ser bastante perigosas para animais. Nos Estados Unidos já foram reportados vários casos de cães mortos.
Os animais de estimação morreram após ter nadado em lagos e, supostamente, terem ingerido estas as cianobactérias. Desde irritações na pele até problemas neurológicas, estas são altamente tóxicas, levando a danos no fígado, paralisia respiratória e outras condições fatais.
O New York Times menciona uma americana do estado da Carolina do Norte, que perdeu os seus três cães após um rápido mergulho. Minutos depois de terem saído da água, um deles teve convulsões e acabaram por morrer os três, apesar da dona os ter levado imediatamente ao veterinário.
As altas temperaturas são o ambiente perfeito para as cianobactérias proliferarem e, sem os devidos cuidados, podem revelar-se mortais para os nossos amigos de quatro patas. Podem também causar doenças nos humanos, mas como os animais as ingerem, tornam-se mais vulneráveis.
Desde 2014, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) calcula que 61 pessoas tenham ficado doentes devido a estas algas, tendo duas delas sido hospitalizadas. Já um estudo levado a cabo por oficiais de saúde nova-iorquinos, e publicado pelo CDC, documentou 51 casos de pessoas e cães infetados desde 2015.
As algas podem passar despercebidas aos donos dos cães, já que podem ficar alojadas abaixo da superfície da água ou presas a plantas. Mesmo sem ingerir as algas, os animais podem também ficar infetados por lamber o seu pelo molhado.
“Acontece todos os anos nos EUA e em todo o mundo”, diz Val Beasley, professor de ciências veterinárias na Universidade da Pensilvânia. “Muitas vezes, as neurotoxinas matam o animal antes que possam chegar ao veterinário”, explicou.