Paquistão expulsa embaixador indiano e corta comércio bilateral por causa de Caxemira

Rahat Dar / EPA

Pessoas queimam retratos do primeiro-ministro indiano Narendra Modi durante um protesto anti-indiano em Lahore, Paquistão,

O Paquistão expulsou o embaixador indiano e suspendeu o comércio bilateral na sequência da revogação da autonomia constitucional de Caxemira por Nova Deli e vai “reduzir as relações diplomáticas”.

O Paquistão expulsou esta quarta-feira o embaixador indiano e suspendeu o comércio bilateral na sequência revogação da autonomia constitucional de Caxemira por Nova Deli, anunciou o governo paquistanês.

“O primeiro-ministro pediu a ativação de todos os canais diplomáticos para expor o brutal regime fascista indiano”, disse em comunicado o gabinete do Presidente paquistanês, Imran Khan, sublinhando que as primeiras medidas são “reduzir as relações diplomáticas com a Índia” e “suspender o comércio bilateral”.

A decisão foi tomada numa reunião do Conselho de Segurança Nacional (CSN), presidida por Imran Khan e com a presença das autoridades militares e governamentais, incluindo o chefe do Exército, general Qamar Javed Bajwa, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Shah Mahmood Qureshi.

O governo indiano anunciou na segunda-feira a revogação da autonomia constitucional de Caxemira, uma decisão explosiva para a região, marcada por conflitos separatistas e foco de guerra com o Paquistão.

As autoridades nacionalistas hindus aprovaram um decreto presidencial para abolir um estatuto especial do estado de Jammu-Caxemira, garantido pela Constituição indiana. O anúncio foi feito no parlamento pelo ministro do Interior, Amit Shah, e foi recebido com indignação por parte da oposição.

Depois de uma reunião ao início da manhã, o responsável dirigiu-se ao parlamento indiano para anunciar a intenção de revogar o artigo 370º que concede o estatuto especial à região, único estado indiano de maioria muçulmana.

“A partir do momento em que o presidente dá o consentimento [à lei] e é publicado no Diário Oficial, nenhuma das disposições do artigo 370 será aplicável”, disse Shah no parlamento, de forma quase inaudível, entre os gritos contínuos do oposição.

// Lusa

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