Desde 1 de agosto, os polícias estão obrigados a usar novas fardas, cujos pólos continuaram a ser azuis, mas claros.
Um agente da PSP foi impedido de entrar ao serviço por estar a usar um pólo azul escuro. A peça de vestuário ostentava as insígnias da corporação, contudo, fazia parte do antigo fardamento.
De acordo com uma informação escrita elaborada pelo agente e colocada nas redes sociais, pode ler-se que o polícia se preparava para efetuar um serviço gratificado quando o seu comandante lhe disse que não podia trabalhar vestido com a cor errada.
“Alegou que não podia entrar de serviço com o pólo de meia manga que trajava em virtude de este ser azul escuro”, conta, explicando que ainda tentou mostrar ao superior hierárquico um comprovativo de que tinha encomendado a peça da nova farda a 8 de julho, mas que esta ainda não tinha chegado.
O superior hierárquico “respondeu que não queria saber, tendo ainda afirmado que a única maneira de entrar ao serviço seria arranjar um pólo azul claro”. Segundo o jornal Público, o agente da PSP voltou para casa, tendo perdido os 55 euros que ia ganhar nesse dia.
Armando Ferreira, presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol), disse ao matutino que é expectável que surjam mais situações destas nos próximos dias. A empresa de Braga responsável pelo fornecimento das fardas através de uma plataforma digital, a têxtil Latino, não tem conseguido entregar todos os uniformes necessários a tempo e horas.
O líder sindical lamenta que o Ministério da Administração Interna e a direção nacional da PSP não tomem medidas para acabar com esta situação. O responsável adiantou ainda que a Sinapol está a reunir queixas dos seus associados para desencadear uma ação judicial contra a empresa têxtil.
Em dois meses, este sindicato contabilizou cerca de duas centenas de queixas, e os atrasos na entrega não são o único motivo de descontentamento.
“Até já foram fornecidos pólos com o brasão da PSP de pernas para o ar, enquanto noutros casos foram colocados brasões nas duas mangas. O fardamento da PSP tornou-se uma negociata. Resta saber para quem”, disse Armando Ferreira ao Público.
O líder sindical teme que seja aberto um processo disciplinar ao seu colega de Vila Nova de Gaia, por ter aparecido com o pólo de cor errada na esquadra e ter falhado o serviço.
Quando as chefias têm palas na cara, como os cavalos, e só olham a direito, é nisto que dá.
Função Pública no seu melhor!!
Quando um cretino é chefe dão-se cenas destas…
Claro, até porque era impossivel acontecer uma coisa destas numa empresa privada!….
Aprecio a sua ironia. Mas, ambos sabemos que, não sendo impossível, é menos provável uma situação destas ocorrer no privado. Desde logo, porque mesmo faltando o bom senso da chefia, no privado é a entidade patronal quem fornece o fardamento quando este é obrigatório! Não tem de ser o funcionário a comprá-lo. Ou estou enganado?
E não estou a defender o privado. Longe disso!