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Mais uma baixa na Casa Branca. Chefe dos serviços secretos demite-se

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secdef / Flickr

Ex-Secretário de Defesa dos Estados Unidos, James N. Mattis, conversa com o ex-diretor dos serviços secretos Dan Coats

Dan Coats, o chefe dos serviços secretos norte-americanos, apresentou a sua demissão este domingo. Donald Trump já anunciou o substituto: o congressista do Texas John Ratcliffe.

“John vai liderar e elevar o país que ele ama”, escreveu no Twitter o presidente norte-americano, que aproveitou para anunciar a data de saída de Dan Coats: 15 de agosto. “Gostaria de agradecer a Coats o grande serviço prestado ao nosso país”, concluiu o Presidente dos EUA.

Ratcliff é membro do comité Judicial da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, pelo que na passada quarta-feira foi um dos legisladores encarregados de interrogar o ex-procurador especial Robert Mueller sobre os resultados da investigação à chamada “trama russa”.

A saída do veterano Coats era uma possibilidade já falada em Washington desde há algum tempo, devido à falta de sintonia que existia entre o chefe dos serviços de informações e Trump, que sempre se mostrou em desacordo em relação à alegada ingerência russa nos últimos comícios presidenciais.

Coats e Trump entraram várias vezes em desacordo em questões sensíveis como as relações com a Rússia e a Coreia do Norte. Em janeiro, o presidente dos Estados Unidos disse que o seu chefe dos serviços secretos tinha sido passivo e ingénuo ao avaliar a ameaça que o Irão representa.

Há um ano, de acordo com a BBC, Dan Coats ficou surpreendido quando soube que Donald Trump se iria encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, na Finlândia. “Vai ser especial”, disse Coats, com ironia. Mais tarde, acabou por pedir desculpas pelo comentário, alegando que a sua resposta “desajeitada” não expressava desrespeito para com as ações do presidente dos Estados Unidos.

Na sua carta de demissão, o agora ex-chefe dos serviços secretos lembrou que foi sob a sua liderança que os Estados Unido voltaram a poder recolher e analisar comunicações online feitas por estrangeiros fora do país e lidaram com ameaças às eleições norte-americanas. “A agência está mais forte que nunca e mais bem preparada para enfrentar novos desafios e oportunidades”, frisou.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Não conseguiu travar que se soubesse do escândalo pedófilo de Jeffrey Epstein, que envolve o Trump e grande parte da elite, como Clinton e o príncipe Andrew. Trump chegou mesmo ao cúmulo de afirmar para a comunicação social que gosta de menores – tal a sua impunidade.

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