Em causa estão as pequenas ilhas de Takeshima, territórios remotos e desertos atualmente controlados por Seul, sob o nome de Dokdo . O mesmo arquipélago cujo o espaço aéreo terá sido violado ontem por caças russos.
O Governo japonês rejeitou hoje o pedido da Coreia da Sul para retirar de um mapa dos Jogos Olímpicos de 2020 um pequeno grupo de ilhas disputadas pelos dois países.
Num mapa ‘online’, que explica a rota da tocha olímpica, um pequeno ponto representa Takeshima, territórios remotos e desertos atualmente controlados por Seul, sob o nome de Dokdo. No ocidente, os ilhéus são conhecidos como rochedos Liancourt, em homenagem a um baleeiro francês do século XIX.
“É verdade que a Coreia do Sul fez um pedido através da embaixada do Japão em Seul, mas nós respondemos que não era admissível, já que Takeshima é propriedade do Japão”, disse o porta-voz do Governo japonês, Yoshihide Suga, em conferência de imprensa.
Para o Governo sul-coreano, Dokdo é parte integrante do território da Coreia do Sul, historicamente, geograficamente e à luz do direito internacional.
De acordo com Suga, o Governo nipónico também rejeitou os protestos em Seul contra o nome “mar do Japão”, para descrever a extensão marinha que fica a oeste do território japonês, apelidado pelos sul-coreanos de “mar do Leste”.
Uma disputa semelhante teve lugar nos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, em Pyeongchang, no início de 2018.
Nesta terça-feira, Tóquio e Seul apresentaram protestos junto do Governo da Rússia contra uma violação do respetivo espaço aéreo, devido ao sobrevoo daquelas ilhas por aviões de combate russos.
O Japão criticou também a Coreia do Sul pela reação “extremamente lamentável” de disparar tiros de advertência contra aviões russos.
A situação entre os dois países está cada vez mais tensa, devido a múltiplas disputas históricas e fortes posições nacionalistas de ambos os lados.
“As relações do Japão com a Coreia estão a passar por um período extremamente difícil”, admitiu o porta-voz do Governo nipónico. O Japão colonizou a Coreia do Sul entre 1910 e 1945.
// Lusa