A empresa mineira Vale foi considerada responsável pela rutura da barragem de Brumadinho, no estado brasileiro de Minas Gerais, a 25 de janeiro. Uma avalanche de lama e de resíduos minerais arrasou a povoação, tendo morrido mais de 240 pessoas, com mais de 100 desalojadas.
A decisão do juiz foi conhecida na terça-feira. A Vale defendeu-se, dizendo que procurava apenas recuperar algum minério de uma barragem inativa há vários anos, e prometeu indemnizar todos os familiares das vítimas, avançou a SIC Notícias esta quarta-feira.
Mas isso não foi suficiente. O juiz de Minas Gerais condenou a empresa a pagar todos os estragos, embora ainda não tenha estabelecido um valor. Para já, os ativos da empresa, avaliados em 11 mil milhões de reais (cerca de 2,5 mil milhões de euros), estão congelados e assim vão continuar.
Na altura da tragédia, o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou numa comissão parlamentar que a empresa é uma joia para o Brasil e que “não pode ser condenada” pela rutura da barragem em Brumadinho.
Na mesmo período, o Ministério Público sustentou, por sua vez, que a Vale, maior produtora de ferro do mundo, possuía dados desde outubro de 2018 que alertavam para o risco de colapso da estrutura.