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Autoridades dos EUA em alerta com “Crypto”, o parasita das piscinas

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Autoridades de saúde pública estão a pedir aos norte-americanos que tomem precauções para se protegerem contra o “Crypto”, um parasita que pode sobreviver durante vários dias em piscinas e causar sérios problemas intestinais.

Segundo o Washington Post, o CDC, Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos publicou um relatório, na semana passada, sobre o aumento de surtos provocados pelo parasita fecal Cryptosporidium, mais conhecido por “Crypto”.

O parasita provoca criptosporidiose, uma infeção que causa diarreias aquosas, náuseas e vómitos que podem durar semanas e, em alguns casos, febre, dores de barriga, desidratação e perda de peso, pode ler-se no comunicado do CDC.

Embora a maioria dos casos não necessite de tratamento médico, as autoridades norte-americanas alertam para o facto de crianças, idosos e pessoas com o sistema imunitário em baixo estarem mais expostos ao parasita.

O alerta da CDC destaca para o facto de, entre 2009 a 2017, se ter registado um aumento médio de 13% a cada ano. Nos últimos dez anos, foram reportados mais de 400 surtos nos EUA, levando a quase 7.500 casos. Destes, mais de 200 pessoas foram hospitalizadas e uma pessoa morreu por causa da doença.

Segundo os investigadores, a causa mais comum destes surtos é a ingestão de água contaminada em locais de lazer, como é o caso das piscinas, porque o parasita pode sobreviver em água tratada e é muito resistente ao cloro e a outros químicos.

Cryptosporidium é expelido pelas fezes de pessoas ou animais infetados e os vestígios dessa matéria fecal nas mãos ou fatos-de-banho podem contaminar alimentos, bebidas ou piscinas – e outros que a ingerem também podem ser infetados.

Segundo a ASAE, o parasita é comum nos Estados Unidos e no Reino Unido, mas em Portugal não há casos conhecidos de infecção por Cryptosporidium.

Para fazer frente a este parasita, Michele Hlavsa, responsável pelo Healthy Swimming Program da CDC, afirma em comunicado que “as crianças podem ficar seriamente doentes e podem espalhar facilmente o Crypto”.

“Por vezes as crianças ainda não sabem bem usar a casa-de-banho e lavar as mãos. Mas nós como pais podemos ajudar a mantê-los saudáveis na água, quando estão com animais, e no cuidado infantil”.

Como os animais também podem ser infetados, os especialistas aconselham os norte-americanos a terem cuidados quando visitam jardins zoológicos e feiras, devendo lavar sempre as mãos depois de terem estado em contacto com estes.

Filipa Mesquita, ZAP //

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