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Cientistas desenvolvem pacemaker alimentado por batimentos cardíacos

Lucien Monfils / Wikimedia

Radiografia de um paciente com um pacemaker

Uma equipa de investigadores desenvolveu um dispositivo que converte a energia mecânica do coração em energia elétrica. O pacemaker foi testado com sucesso em porcos.

Os cientistas afirmam que este avanço na medicina é um importante passo para o desenvolvimento de dispositivos médicos implantáveis sem bateria. As baterias atuais dos pacemakers têm uma duração de sete a dez anos e substituí-los implica uma cirurgia que não sai barata aos pacientes.

Este novo pacemaker consiste em três componentes: um gerador ligado ao coração que converte a energia mecânica do órgão em energia elétrica; uma unidade que gere a energia e a armazena; e o próprio pacemaker, que estimula e regula o músculo cardíaco.

Zhou Li, do Beijing Institute of Nanoenergy and Nanosystems, e Zhong Lin Wang, do Georgia Institute of Technology, implantaram o inovador dispositivo em dois porcos machos adultos. No primeiro animal, que tinha um coração saudável, a equipa de cientistas testou de que forma o gerador colheu a energia.

Os cientistas acionaram o dispositivo e foi gerada energia mais do que suficiente para alimentar uma versão humana do pacemaker, segundo o artigo científico publicado na Nature Communications. Quando o dispositivo – que havia sido carregado pelo coração do porco durante cerca de uma hora – estava ligado, os batimentos cardíacos do animal tornaram-se regulares e permaneceram assim, mesmo depois de ter sido desligado.

O tamanho, a segurança e a eficiência deste novo dispositivo ainda precisam de ser melhorados, pelo que o teste em seres humanos ainda não tem data marcada. ainda assim, para o engenheiro biomédico da Duke University, Patrick Wolf, esta é “uma conquista significativa“.

Ainda assim, segundo o Scientific American, os obstáculos de tamanho e eficiência são significativos, e a eficácia do pacemaker num coração menos dinâmico e doente ainda está por determinar.

ZAP //

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