O Estado angolano exige ao general Leopoldino Fragoso do Nascimento, mais conhecido por Dino e um dos homens de confiança do ex-presidente José Eduardo dos Santos, o pagamento de 29 milhões de dólares (25 milhões de euros).
Em causa está uma verba utilizada pelo general para a aquisição da posição de 19,9% no Banco Económico, o antigo BESA, através da sua empresa Geni, conforme reporta o Jornal de Negócios.
O Serviço Nacional de Recuperação de Activos da Procuradoria-geral da República de Angola anunciou este dado no âmbito da avaliação do financiamento feito com fundos públicos a empresas privadas.
“Foram apuradas várias empresas privadas que beneficiaram de financiamento de fundos públicos, algumas em processo de privatização irregular e outras financiadas e suportadas com garantia soberana do Estado, sem ter havido o reembolso voluntário desses fundos públicos até à presente data”, salienta aquela entidade num comunicado citado pelo Negócios.
O Serviço Nacional de Recuperação de Activos apurou que a empresa Geni, propriedade do general Dino, celebrou com a Sonangol, a petrolífera estatal angolana, um contrato de quase 53 milhões de dólares para a compra de acções do Banco Económico.
A Geni só terá pago 23 milhões de dólares daquele montante, pelo que o Estado angolano exige o pagamento dos restantes 29 milhões.
O ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, e o general Hélder Vieira Dias, mais conhecido por Kopelipa e antigo chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos, também beneficiaram de financiamentos com fundos públicos, tendo optado por entregar ao Estado angolano as participações de 30,98% que tinham no Banco Económico.
Pergunta: De quem é a empresa GENI? Sócia da UNITEL…
RESPOSTA: Isabel dos Santos.