O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico Boris Johnson foi o mais votado na primeira volta da eleição interna para a liderança do Partido Conservador, tendo sido eliminados dos 10 candidatos.
O antigo Mayor de Londres Boris Johnson, considerado o favorito para suceder a Theresa May, angariou 114 votos, seguido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt (43), o ministro do Ambiente, Michael Gove (37), o ministro do Interior, Sajid Javid (23), o ministro de Saúde, Matt Hancock (20), e o ministro para o Desenvolvimento Internacional, Rory Stewart (19).
A antiga ministra do Trabalho Esther McVey (9), a antiga ministra dos assuntos parlamentares Andrea Leadsom (11) e o deputado Mark Harper (10) foram eliminados, por não terem atingido o mínimo necessário.
As regras introduzidas para esta eleição determinaram que os candidatos tinham de garantir o apoio de mais de 5% dos 313 deputados conservadores habilitados a votar, ou seja, pelo menos 17 votos. Se tal não acontecesse, seria afastado aquele com menor número de votos. A votação decorreu numa sala do parlamento britânico equipada com cabines de votação, para garantir o segredo do voto, expresso num boletim.
Esta foi a primeira de série de votações para escolher um novo líder, que vai assumir também o posto de primeiro-ministro britânico no final de julho, sucedendo a Theresa May na condução do processo do ‘Brexit’.
A segunda volta terá lugar na próxima terça-feira, 18 de junho, entre as 15:00 e 17:00 horas, e são eliminados os candidato com 32 votos ou menos, ou aquele com menos apoio.
No dia 19 realiza-se uma terceira volta, entre as 15:00 e 17:00, e o processo continua no dia 20, para quando estão previstas uma série de votações a partir das 10:00 horas, para reduzir os candidatos a apenas dois finalistas.
A partir de 22 de junho, os cerca de 160 mil membros do partido Conservador devem receber um boletim de voto, que terão de enviar por via postal até 22 de julho, sendo o vencedor anunciado nos dias seguintes.
Durante este processo, Theresa May mantém-se em funções, após ter renunciado formalmente à liderança do partido a 7 de junho, mas deverá apresentar a demissão logo que o sucessor esteja definido.
ZAP // Lusa
Mais um passo do UK para o abismo… E neste caso sem que o povo possa dar bitaites. Tanta democracia quando toca a colocar o referendo em causa e tão pouca na eleição de primeiro-ministro. Com este já são dois seguidos não eleitos pelo povo. Os Tories que nem maioria absoluta tiveram a agir como ditadores. Mas o que se pode afinal esperar de um país que se gaba de ter a democracia mais antiga do mundo, mas depois mais de metade do Parlamento não é eleito pelo povo (camara de Lordes)?
Só quem nunca viveu no Reino Unido é que não percebe a atmosfera de falta de liberdade que se vive lá. Enfim… O que ainda vai safar o país vão ser umas eleições antecipadas, que cada vez mais são inevitáveis.