Há cerca de uma semana que o Departamento de Estado dos EUA, a Organização do Estados Americanos e membros exilados da oposição ao governo venezuelano estão a preparar uma operação de extração de Maduro.
A operação pretende ser “limpa e curta, como a de Osama Bin Laden“, noticia este sábado o El Español. Poucos dias após a libertação do opositor Leopoldo López da prisão domiciliária em que se encontrava, o jornal espanhol terá tido acesso a um documento secreto que esquematiza o plano em preparação.
No plano, a OEA, liderada pelo uruguaio Luis Almagro, um feroz opositor de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, está a ter um papel fundamental. Outra figura-chave é Miguel Angél Martín Tortabú, um dos representantes do Supremo Tribunal venezuelano que estão em exílio. Com a colaboração do Departamento de Estado dos EUA, o plano está a ser preparado, com a consciência de que “a ditadura não sairá voluntariamente”.
“Com a saída de Maduro, ou a sua detenção — isto é, a saída pelo próprio pé ou com algemas — a caminho de um exílio ou uma prisão no estrangeiro, o processo é inexorável e estamos a prepará-lo há cerca de uma semana”, disse uma fonte envolvida no processo ao El Español. “A operação de extração, se for necessária, será como a de Osama Bin Laden, limpa e curta — há apenas três ou quatro pessoas que têm de ser detidas”.
O líder da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela deu uma entrevista à RTP na qual fez depender a hipótese de uma ação militar na Venezuela que resolva o impasse no país do apoio de aliados internacionais. Juan Guaidó, que é reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, afirmou que uma intervenção externa no país acontecerá mediante dois pressupostos: “quando os aliados estiverem dispostos a dar esse tipo de ajuda” e sendo “a última opção — ou a única — que reste aos venezuelanos”.
A ação militar foi confirmada pela mulher de Guaidó, também em entrevista ao El Español. Assumindo-se como primeira-dama venezuelana, Fabiana Rosales declara irredutivelmente o sucesso da Operação Liberdade, muito embora a vaga de apoio dos militares que Guaidó tenha prometido nunca tenha chegado e a libertação de Leopoldo López tenha redundado num pedido de asilo na embaixada de Espanha.
O apelo ao apoio internacional leva a que Fabiana não exclua a possibilidade de uma intervenção militar externa, à semelhança do que tem feito o seu marido. “Todos os cenários, todas as opções, estão em cima da mesa”, afirma.
O objetivo final, explica, é o de “construir um país de oportunidades” e que a Venezuela volte a ser “o país do petróleo, dos minerais, do turismo, das mulheres que vencem concursos de beleza em todo o mundo, dos jogadores bem-sucedidos, das telenovelas que se vendiam a nível mundial”, resume.
Juan Guaidó, acusou este domingo o regime do presidente Nicolás Maduro de “terrorismo de Estado” para acabar com a oposição. “O que vemos hoje é terror, a disseminação do terror, que é tudo o que resta ao regime de Maduro”, afirmou Guaidó em Caracas, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
Em causa está a ameaça de prisão que paira sobre dez aliados de Juan Guaidó por terem participado, no dia 30 de abril, num ato de força contra o regime do Presidente Nicolás Maduro, que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular. O regime ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado. Pelo menos três opositores a Maduro estão refugiados em embaixadas.
Desconhecido paradeiro de vice do parlamento
A oposição venezuelana denunciou que o paradeiro do vice-presidente do parlamento, Edgar Zambrano, não é conhecido há mais de 80 horas e exige uma “prova de vida”. Zambrano é acusado pelo governo do Presidente venezuelano Nicolás Maduro de estar envolvido num movimento que a 30 de abril último tentou forçar uma mudança de regime no país.
A denúncia do desaparecimento de Zambrano foi feita através do Twitter pelo Centro de Comunicação Social, criado recentemente pelo líder da oposição Guaidó, que apela para que o mundo “esteja atento a este novo golpe contra o parlamento venezuelano e a democracia”.
A filha do vice-presidente do parlamento, Soley Zambrano, divulgou um vídeo exigindo uma “prova de vida”, horas depois de vários utilizadores do Twitter afirmarem que Zambrano estaria hospitalizado.
No vídeo gravado, Soley Zambrano explica que esteve no Forte de Tiuna (a principal base militar de Caracas) e no Helicoide (prisão dos serviços secretos) e que não conseguiu obter qualquer informação. “Às autoridades competentes, exijo uma prova de vida do deputado Edgar Zambrano”, afirma Soley Zambrano.
Em 10 de maio, um tribunal com jurisdição em casos de terrorismo ordenou que o vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, onde a oposição detém a maioria, ficasse em prisão preventiva.
Zambrano, que é tido como o braço direito do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, foi acusado de estar envolvido com um grupo de militares e civis que a 30 de abril declararam apoiar o líder opositor e instaram a população a sair às ruas para apoiar uma mudança de regime.
O Supremo Tribunal de Justiça justificou a detenção de Zambrano pelo “flagrante cometimento dos crimes de traição, conspiração, rebelião civil, usurpação de funções, incitação pública à desobediência das leis e por ódio continuado”.
A detenção de Zambrano foi condenada por vários países e organizações, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que expressou preocupação, referindo que a detenção de opositores dificulta a intenção de se alcançar uma solução negociada para a crise na Venezuela.
O Governo Português condenou, através de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, a “detenção arbitrária” do vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, pedindo a sua libertação imediata e que as autoridades se abstenham de “atos provocatórios” que prejudiquem os esforços para uma solução pacifica para crise.
Posição semelhante à da União Europeia que apelou para a “libertação imediata” de Edgar Zambrano, cuja detenção pelos serviços secretos do país considerou a “mais uma flagrante violação” da Constituição.
ZAP // Lusa
Agora até se apela a crime e terrorismo em grandes para gomas. Os EUA não param com actos de guerra, de crimes e de terrorismo. Da mesma maneira que os EUA pensam fazer esta operação, deviam responder com uma acção do mesmo quilate, ou seja, apanhar mortos ou vivos os governantes desta administração americana, ou até com uma onda devastadora de ataques em solo americano a instalações militares e governamentais. E isto não pode ser considerado crime, porque se os EUA o fazem ou podem fazer também, se é legal para os EUA, então também tem de ser laval para os outros.
Ó Jorge, há aqui uma “pequena” diferença: é que nos EUA há comida, medicamentos e condições de vida sem perseguições nem falta das liberdades fundamentais para a esmagadora maioria da população…
A diferença não é essa… É outra: Nos EUA quem não tem seguro de saúde morre à porta dos hospitais nem que seja deficiente. Nos EUA há sem-abrigos por todo o lado. Nos EUA há uma das maiores taxas de criminalidade e crimes violentos do mundo.
Em Cuba não há praticamente crime de rua. Toda a gente tem cuidados médicos gratuitos e Cuba tem dos melhores médicos do mundo. Em Cuba não há sem-abrigos. Tenho de admitir porém que em Cuba não há trilionários, que os EUA conseguem ter em troca de tudo o resto.
Claro que há, mas está a esquecer uma coisa importantissima, os EUA não estão sujeitos a pesadas sanções e bloqueios económicos, porque se estivessem 10 ou mais anos a sofrer sanções e proibições de comprar alimentos e remedios, como estaria??? As sanções hoje em dia são uma arma de guerra, e já reparou que os países que as estão a sofrer nada, mas mesmo nada, fizeram aos EUA??? Já reparou??? O único crime é não serem alinhados com os EUA. Assim, o criminoso e terrorista são os EUA, e talvez seja por isso mesmo, pela maldade, pelo crime e terrorismo, pelo assassínio de pessoas a morrer á fome e por falta de remedios, que os EUA são cada vez mais odiados no planeta, e por isso mesmo devem ser combatidos cada vez mais, e não se esqueça que é o país que está na liderança na listagem do terrorismo.
Seria muito bom que os Homens olhassem APENAS às situações e deixassem de parte as cores. A ajuda humanitária está lá, mas não a deixam entrar; quem sofre? os do topo que tudo têm?
Afinfa-lhes Putin!
Os EUA comportam-se como os nazis no Século XXI.
é isto o comunismo, probrezinhos! Nunca são ditadores! Apenas defendem os seus intresses pessoais. Egocentrismo no seu auge! só não perecebo é as mumias que os acompanham.
O final do fascista Maduro parece ter que ser infeliz, apesar dos apoios russo e cubano o país está cada vez mais no fundo do fosso económico, porque razão então não conseguiu desenvolver o país em vez de o ter entregue a uma limitada classe económica e armada para gerirem tudo em proveito próprio?.